Falamos muito sobre as mulheres: nossas conquistas, dificuldades e desafios. Sabemos que ganhamos voz, embora ainda haja muito a ser feito. Ainda temos questões graves que precisam ser resolvidas, como o assédio, a violência e a dificuldade para alçar postos mais altos no mercado de trabalho. Fora os dilemas cotidianos, como equilibrar trabalho, família e lazer ou ter a obrigação de estar sempre linda, jovem e feliz.

Sim, a lista é imensa, mas temos tudo anotadinho. Falamos sobre isso com as amigas, educamos nossas filhas para terem consciência de tudo, temos muitas mulheres pensantes falando e escrevendo sobre o papel da mulher na sociedade e no século XXI. E continuaremos a focar nisso, neste espaço.

Mas hoje quero falar sobre o homem. Como educamos nossos filhos? Qual o papel deles no mundo em que vivemos?

O primeiro ministro do Canadá, Justin Trudeau, diz que cria os filhos para serem feministas.

Mas, afinal, o que é ser um homem feminista?

É respeitar as escolhas das mulheres em todos os aspectos de suas vidas, seja na profissão, na escolha sexual, na opção pela maternidade.

É não ofendê-las ou agredi-las porque são mais frágeis fisicamente.

É condenar qualquer tipo de discriminação ou abuso pelo simples fato de serem mulheres.

É apoiar leis que as protejam, sejam elas relacionadas à maternidade, aposentadoria ou violência, não porque estão na moda, mas porque é o certo.

É dividir as contas, as tarefas da casa e a responsabilidade da criação dos filhos.

Falo por mim.

Quero que meu filho respeite as mulheres, mas não seja submisso. Que tenha sensibilidade, mas não seja vulnerável. Que mostre a sua força com ideias e nunca no braço.

É, a vida não está fácil para o homem de hoje.

Sei que será preciso muito esforço para chegar a esse equilíbrio. A expectativa é alta. O primeiro passo talvez seja entender que não estamos numa competição, mas podemos caminhar lado a lado. Juntos.

E perceber que não precisamos anular nem aniquilar o outro para mostrarmos nosso peso. Precisamos é somar forças para, enfim, caminharmos para um mundo melhor, onde as pessoas se respeitem de verdade, independente do gênero.

 

Assinatura Debora Nunes

 

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