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Criança autista não consegue frequentar escola em Cuiabá

Mãe não conseguiu manter o transporte escolar que era feito pelo município depois que o filho precisou ser transferido de unidade de ensino

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Criança autista não consegue frequentar escola em Cuiabá
(Foto: Jorge Pinho/ Prefeitura de Cuiabá)

A fase escolar atual de Carlos Eduardo Gatta da Silva, de 14 anos, está cheia de desafios. O garoto, que está no transtorno do espectro autista (TEA), estava ansioso em retornar para a escola, mas depois de vencer a dificuldade para ser matriculado, agora não consegue frequentar as aulas por falta de transporte.

A mãe do garoto, Ana Cristina Gatta, de 52 anos, comenta que no início do ano, quando tentou fazer a matrícula do filho na Escola Cívico Militar Profª Maria Dimpina Lobo Duarte, na região do Coxipó. Porém, o sistema não permitia a alteração da série do aluno. Ana Cláudia tentava manter o filho retido na série anterior, para garantir o aprendizado.

Contudo, não foi possível e Carlos Eduardo foi matriculado na Escola Municipal de Educação Básica Dejane Ribeiro, na região do CPA, e no sétimo ano, sem retenção.

As aulas começaram no dia 7 de fevereiro, mas o garoto não conseguiu comparecer nenhum dia. Ana Claudia relata que nos últimos três anos contou com o transporte escolar por meio da Secretaria Municipal de Educação. Mas quando o filho mudou de escola, perdeu esse apoio.

“Eu moro no bairro Areão e a escola fica na região do CPA, disseram que não tem como fazer esse transporte do meu filho porque fica muito longe”, informa. A negativa foi formalizada via e-mail.

Ana Cristina pontua que Carlos Eduardo tem o direito ao passe escolar, porém, ela precisaria esperá-lo pois o acompanhante não pode andar sem o autista e ela não tem condições de arcar com as passagens pagas.

“Se eu ficar na escola esperando ele, preciso abrir mão do trabalho, faço bolos para vender, essa é a nossa renda”, comenta. “Ele está muito ansioso, vê a irmã indo para a escola, as outras crianças passando por aqui e quer sair também. É complicado mexer na rotina de um autista”, diz preocupada.

Ana Cristina e o filho Carlos Eduardo (Foto: Acervo pessoal)

Outra apreensão de Ana Cristina é que o garoto fique sem alguém que exerça a função de Cuidador de Aluno com Deficiência (CAD). A própria escola já sinalizou que a unidade conta apenas com um funcionário temporário.

O que diz a SME?

A Secretaria Municipal de Educação informou que tomou conhecimento da situação e, por meio das Coordenadorias Técnicas de Ensino e também a Administrativa/Transporte, está buscando uma solução a fim de atender as necessidades do estudante da melhor maneira possível.

A Pasta frisou que um levantamento nesse sentidos está sendo realizado e, na próxima semana, será informado ao responsável pelo estudante.

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