Se a CPI do Paletó já ia mal das pernas depois que o presidente da Câmara de Cuiabá, Justino Malheiros (PV), manobrou para acabar com as oitivas e investigações, agora é que nada mais vai andar com mais uma questão indo parar na Justiça.

Criada para investigar a suposta quebra de decoro do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), que teria recebido propina do ex-governador Silval Barbosa, a CPI foi suspensa temporariamente pelo juiz Paulo Márcio Soares de Carvalho, da 4ª Vara Especializada da Fazenda Pública de Cuiabá.

O pedido de suspensão foi feito pelo vereador Diego Guimarães, segundo quem a CPI deveria ter entre seus membros apenas vereadores que assinaram o requerimento inicial pedindo a investigação, critério que excluiria Adevair Cabral (PSDB) e Mário Nadaf (PV) – ambos aliados de Emanuel Pinheiro.

“O periculum in mora, por sua vez, decorre do fato de que a continuidade da CPI formada de maneira aparentemente irregular e com composição viciada, com maioria de membros da base aliada do investigado que não assinaram o requerimento primitivo antes da data de protocolo, pode comprometer a seriedade dos trabalhos, resultando na prolação de decisão final tendenciosa e parcial, incompatível com a realidade e gravidade dos fatos investigados”, escreveu o juiz, em medida liminar.

Em nota, Justino Malheiros disse que o processo de composição da CPI obedeceu os ritos legais – tendo os nomes de Adevair e Nadaf sido escolhidos em reunião do Colégio de Líderes, com representantes de todos os partidos.

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