Mato Grosso

Covid-19: “sabemos que a população vai ser infectada”, diz secretário de Saúde

Gilberto Figueiredo, que não gosta de "exercícios de futurologia", admite que aumento de contágio é inevitável

2 minutos de leitura
Covid-19: “sabemos que a população vai ser infectada”, diz secretário de Saúde
(Foto: Ednilson Aguiar/ O Livre)

Secretário de Saúde de Mato Grosso, Gilberto Figueiredo voltou a afirmar que o número de infectados pelo novo coronavírus deve continuar crescendo, o que resultará em maior demanda pelos leitos hospitalares.

Na última quinta-feira (14), quando discursou durante inauguração da nova ala do Hospital Metropolitano de Várzea Grande – unidade de referência para atendimento de pessoas com covid-19 no Estado -, Gilberto afirmou, emocionado, que como secretário de Saúde, sua vontade era que todos pudessem ficar em casa.

“Mas sabemos que a população vai ser infectada. E quanto mais infecção ao mesmo tempo, mais dificuldade para atendermos a comunidade”.

O secretário apontou na ocasião que: “nós não queremos ser campeões em casos, tão pouco campeões em óbito. E eu entendo, eu vim da iniciativa privada e eu sei que a área econômica é muito importante. Não dá para parar todas as atividades”.

Apesar da análise pouco otimista, Gilberto pediu uma olhar “carinhoso” para a situação de Mato Grosso, já que os números de contagiados começaram a crescer significativamente após a flexibilização do isolamento social e retomada de alguns setores econômicos, como o comércio.

Curva de contágio

Desde a flexibilização das medidas de isolamento social, o número de casos da covid-19 em Mato Grosso aumentou 325%, passando de 221 para 941 entre os dias 22 de abril e 18 de maio.

O número de mortes no período aumentou 400%, passando de 6 para 30 óbitos.

Mas a quantidade de leitos para atender essas pessoas também teve crescimento. Passou de 101 leitos de UTI e 400 de enfermaria para 214 de UTI e 695 de enfermaria no período analisado.

A quantidade corresponde aos disponíveis e resulta em um crescimento de 111% em relação às UTIs e 73,7% em relação às enfermarias.

Apesar de o Estado – assim como todas as unidades da federação e a maioria dos países do mundo – ter adotado medidas não farmacológicas para conter o avanço do coronavírus, como por exemplo o uso obrigatório de máscaras – Gilberto admite: “é impossível controlar a adoção dessas medidas pela população”.

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