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Covid-19: morte de grávidas quase dobrou em 2021

Em 2020 foram 17 mortes. Neste ano, só até o dia 20 de maio já haviam sido registrados 31 casos

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Covid-19: morte de grávidas quase dobrou em 2021
(Foto de Mart Production no Pexels)

Em Mato Grosso, o número de mortes de gestantes por covid-19 quase dobrou em 2021 em relação ao ano anteior. É o que apontam dados da Secretaria de Estado de Saúde. Segundo o levantamento, no ano passado foram 17 mortes durante o ano todo. Em 2021, até 20 de maio, já são 31 casos, sendo que março e abril, juntos, foram os períodos com maior ocorrência (25 óbitos).

De acordo com a médica obstetra e especialista em Gestação de Alto Risco, Annie Caroline Magalhães, os números acendem um alerta vermelho e reforçam a necessidade de ampliar o acesso a tratamentos adequados contra o coronavírus para esse público.

“É necessário suporte e atendimento diferenciados quando se trata de gestantes”, destaca a profissional.

Uma das orientações é a imunização do grupo gestante com as vacinas autorizadas pelo Ministério da Saúde. Desde o dia 11 de maio, a vacinação de grávidas e de puérperas no Brasil contra a covid-19 está restrita somente a mulheres com comorbidades (doenças preexistentes). Para elas, são indicadas apenas as vacinas CoronaVac e Pfizer/BioNTech.

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“Tenho recebido muitas grávidas com dúvidas sobre a vacinação. A orientação é que tomem as vacinas autorizadas pelo Ministério da Saúde, pois é muito importante neste momento que possamos reduzir os casos de mortalidade materna e de bebês. Se há uma estratégia disponível, temos que usá-la, não podemos esperar mais óbitos”, ressalta Annie.

No Hospital Santa Rosa, unidade do Grupo Santa, em Cuiabá, há um serviço ambulatorial especial para gestantes com sintomas de gripe ou suspeita de Covid-19. A Unidade Avançada opera no quinto andar do edifício Santa Rosa Tower e tem um fluxo diferenciado para atender esse público alvo, além de horários específicos.

A coordenadora do serviço de obstetrícia do hospital, a médica obstetra Michelle Rocha, destaca que o acolhimento e o atendimento diferenciado a gestantes que procuram o Santa Rosa tem ajudado a salvar vidas.

“A falta de acesso a tratamentos adequados para o coronavírus pode ter influenciado no crescimento de mortes entre esse grupo. Por isso, no Santa Rosa, temos um protocolo diferenciado com acompanhamento especial às gestantes com sintomas ou suspeitas, do pronto-atendimento às unidades de terapia intensiva (UTIs)”.

(Da Assessoria)

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