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Covid-19: estudo prevê fim da primeira onda em outubro e da segunda em março

Padrões matemáticos sugerem que há uma época do ano em que a doença tem a transmissão maior

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Covid-19: estudo prevê fim da primeira onda em outubro e da segunda em março
(Foto: Ednilson Aguiar/ O Livre)

O Brasil e o Hemisfério Sul devem ter uma diminuição dos casos de covid-19 a partir de outubro, encerrando assim a primeira onda da doença nessa parte do planeta. Um estudo feito da Universidade Federal Fluminense (UFF), no Rio de Janeiro, sugere que a covid segue a mesma sazonalidade de outras doenças respiratórias, como H1N1 e gripe Influenza.

Isso significa dizer que, com a aproximação do verão, os números de novos casos tendem a diminuir. No Hemisfério Norte, por outro lado, a situação deve piorar com a chegada do inverno.

O estudo “Detecção Precoce da Sazonalidade e Predição de Segundas Ondas na Pandemia da Covid-19” foi coordenado pelo professor Márcio Watanabe.

Em outras palavras, a sazonalidade da doença significa que há um padrão: em um momento do ano, a doença tem uma transmissão maior.

“No caso das doenças de transmissão respiratória, geralmente, elas apresentam uma sazonalidade típica do período de outono e inverno, ou seja, elas têm uma transmissão maior e, portanto, uma quantidade maior de pessoas infectadas nos meses de outono e inverno”, explica o professor.

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A sazonalidade da doença só é detectada após alguns anos de incidência e com o acúmulo de dados ao longo de vários anos. Porém, com a escala global e a quantidade de informação produzida os picos foram verificados em menos de um ano.

Partindo daí, o professor diz que se comprovou a repetição da sazonalidade verificada na pandemia de H1N1 em 2009.

O estudo propõe que no Brasil e no Hemisfério Sul o padrão de alto contágio se estende dos meses de abril até julho.

Segunda onda

Isso não significa dizer que estamos livres da covid-19. Os padrões matemáticos também puderam estimar quando uma nova onda pode atingir essa parte do planeta, caso ela haja. Seria em março de 2021, mas com menor intensidade.

“São vários fatores. Provavelmente, lá para abril a gente já tenha uma vacina disponível e, tendo uma vacina, provavelmente nós não vamos ter uma segunda onda. E caso o país tenha uma segunda [onda], ela com certeza vai ser menor do que essa primeira”, diz.

Nem tudo, porém, são flores. O professor ressalta que as medidas de restrição da mobilidade e isolamento social são fatores muito importantes na dinâmica da pandemia de covid-19. E, se por um lado a sazonalidade favorece a diminuição de casos a partir de agora, por outro o afrouxamento das medidas de biossegurança pode elevar o contágio.

“A sazonalidade ajuda a reduzir a transmissão, mas se afrouxa as medidas restritivas, vai ter uma força puxando para cima e outra puxando para baixo. Então, é importante que as as medidas sejam tomadas com planejamento e responsabilidade”, finaliza.

(Com Agência Brasil)

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