Casos de contágio pelo novo coronavírus devem ser registrados em Mato Grosso até o final do primeiro trimestre de 2021. O Estado deve atingir a taxa zero de novos doentes no dia 19 de março.
Os dados estão em um levantamento feito pelos departamentos de Saúde Coletiva e Matemática da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Eles consideram informações sobre a pandemia obtidas até o dia 17 de julho.
A projeção foi feita com base em dados divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) e pelas as secretarias de cada município. A pandemia é considerada encerrada quando o “RT” (fator transmissor de contágio) fica na casa de 0 por um período maior que duas semanas, ou seja, quanto mais abaixo de 1, melhor é o resultado.
Nesta quarta-feira (22), o “RT” estava em 0.47, mas subindo. O pico deve ser atingido em 1º de setembro. Na primeira semana, o fator de transmissão deve atingir 1.07.
A partir desse ponto, ele deve apresentar queda consistente e voltar ao nível de desta quarta na penúltima semana de outubro. Isso significa que Mato Grosso já terá passado pela maior parte da curva de aumento e queda de contágios diários.
Vale lembrar que essa atualização não inclui as eventuais modificações que as quarentenas obrigatórias causarão na evolução da pandemia.
Datas diferentes
O fator transmissor de contágio deve ser diferente para cada região em Mato Grosso. A Baixada Cuiabana, conforme o levantamento, não deverá mais ultrapassar a faixa de 1 “RT” a cada 100 mil habitantes.
O pico até a saída da pandemia será de 0,96. Um índice que deve ser atingido na primeira semana de setembro.
A região inclui Cuiabá e Várzea Grande, as duas cidades mais populosas do Estado e que, desde o início da pandemia, permanecem dentre as que registram mais casos.
A saída da Baixada da pandemia, quando o “RT” chegar em 0, deve ocorrer até última semana de janeiro.
Por outro lado, a região do Vale do Arino tende apresentar crescimento acelerado de casos e ter o pico mais alto de contágio: um “RT” de 1,44. A ausência de novos casos deverá ser notada só na primeira semana de março.
Em agosto, oito regiões devem atingir o pico em Mato Grosso: Médio Araguaia, Médio Norte, Sudoeste, Baixada Cuiabana, Sul, Teles Pires, Norte e Vale do Peixoto.