Cerca de 350 cotistas do clube de luxo Malai Manso Resort reclamam de descumprimento de contrato pelo empreendimento sobre os direitos de investidor. Eles não teriam acesso à prestação de contas detalhada e nem administram os custos de manutenção.
A reclamação veio a público nesta terça-feira (16), em ação conjunta dos 350 colaboradores.
Conforme o comunicado, os administradores “não revelam as estratégias adotadas e nem os planos de gastos e investimentos”, além disso, as taxas de condomínio cresceram nos últimos dois anos “muito além dos índices o setor”.
Paralelamente, a liquidação dos ativos estaria sendo “frustrada” por dificuldade de negociação. A situação desencadeou uma série de processos judiciais contra o resort.
“As razões se baseiam no elevado custo de manutenção do empreendimento e nenhum retorno gerado pelo investimento, por dificuldades na locação e no uso dos direitos sobre os imóveis, que tem resultado na dificuldade em encontrar terceiros que estejam dispostos a comprar as cotas em uso”, diz trecho do comunicado.
Os cotistas afirmam que o resort não implantou um balcão de negócios, previsto no contrato de compra de cotas, para a promoção da locação dos imóveis. Parte do lucro deles viria dessas negociações, visto que poderiam abrir mão das quatro semanas por ano que têm direito de utilizar as acomodações e negociá-las.
Dizem ainda que o intercâmbio de acomodação com outros hotéis e resorts, dentro e fora do Brasil, também não estaria em vigor. Essa transação faria parte do preço das cotas ofertas pelo Malai.
O que diz a empresa?
O LIVRE procurou a assessoria de imprensa do resort com pedido de posicionamento quanto à reclamação, mas não houve retorno até a publicação desta matéria.
O espaço segue aberto para manifestações.