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Coronel Siqueira confirma depoimento da sargento Andrea

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Coronel Siqueira confirma depoimento da sargento Andrea

GcomMT

 coronel Airton Benedito Siqueira Júnior

O coronel Airton Benedito Siqueira Júnior com o governador Pedro Taques

O coronel da Polícia Militar (PM) Airton Benedito de Siqueira Júnior confirmou o depoimento da sargento Andrea Pereira de Moura Cardoso, que afirmou que um escritório de grampos foi montado sob as ordens dele no Edifício Master Center. Em depoimento à Corregedoria-Geral da PM, Andrea afirmou que sempre acreditou que as escutas eram legais.

“Da minha parte, ocorreu exatamente como ela citou”, disse Siqueira à imprensa, na noite de quinta-feira (29), depois da passagem de comando da PM. “Estou muito tranquilo sobre essa eventual participação minha”, completou, informando que não foi chamado a depor nas investigações sobre o esquema de grampos ilegais.

Ele negou, porém, que os grampos tenham ocorrido no âmbito da Casa Militar, mesmo quando houve denúncia de ameaça à vida do governador Pedro Taques. Siqueira foi chefe da Casa Militar entre agosto de 2015 e janeiro de 2017. Atualmente, é secretário de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh).

“Não havia grampo nenhum na Casa Militar. A missão institucional da Casa Militar é fazer a proteção do governador, da família, do vice. Existe a inteligência, a contra-inteligência. Em caso de ameaça, a Secretaria de Segurança faz a redistribuição para o GCCO (Grupo de Combate ao Crime Organizado) ou outro órgão que vai fazer a investigação do caso. A Casa Militar não faz a investigação”, disse.

“Não havia grampo nenhum na Casa Militar. A missão institucional da Casa Militar é fazer a proteção do governador. Em caso de ameaça, a Secretaria de Segurança faz a redistribuição para outro órgão que vai fazer a investigação do caso”

Seu sucessor Evandro Ferraz Lesco, que foi chefe da Casa Militar até a semana passada, está preso preventivamente, assim como o adjunto Ronelson Barros, ambos coronéis.

Além de Siqueira, a sargento Andrea citou o ex-comandante da PM Zaqueu Barbosa como articulador do escritório de escutas. Zaqueu também está preso desde o dia 23 de maio no Batalhão de Operações Especiais (Bope), suspeito de chefiar o esquema de grampos ilegais dentro da PM.

Também foram presos por suspeita de participação nos grampos o tenente-coronel Januário Antônio Edwiges Batista, comandante do 4º Batalhão em Várzea Grande, o cabo Euclides Torezan, cedido ao Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) e o cabo Gérson Luiz Ferreira Correa Júnior.

O secretário evitou comentar as prisões. “Se houve as prisões, elas foram fundamentadas e são legais. Não questiono. É política do governo não questionar decisões judiciais”, declarou.

Barriga de aluguel
Segundo a investigação, os grampos ilegais foram feitos por meio de uma tática conhecida como “barriga de aluguel”, em que telefones de pessoas que não têm relação com o processo são incluídos nos pedidos de quebra de sigilo.

Desse modo, um processo que trata de tráfico de drogas foi usado para inserir, nos pedidos de quebra de sigilo, os telefones da deputada estadual Janaina Riva (PMDB), do jornalista José Marcondes “Muvuca”, do advogado José do Patrocínio, além de médicos, empresários e outras pessoas.

Os promotores de Justiça Mauro Zaque e Fábio Galindo denunciaram o esquema de escutas ilegais quando comandavam a Sesp, em 2015. Zaque afirmou que o governador tinha conhecimento do caso. Pedro Taques, por sua vez, tachou a denúncia verbal que Zaque havia feito a ele de “fofoca”.

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