A tumultuada sessão da Câmara de Cuiabá teve presença até de coronel da Polícia Militar para levar o presidente, Misael Galvão (PSB), para a delegacia. O oficial foi chamado pelo alvo do processo de cassação, Abílio Junior (PSC), que pedia prisão em flagrante com base na Lei de Abuso de Autoridade.
O processo conturbado alcançou o pico de confusão e contradições com a apresentação do militar. Abílio diz que houve descumprimento do regimento interno e do Decreto-lei 301-67. Ambos têm regras para estabelecimento de rito do processo de cassação.
Mas ambos teriam sido ignorados por Misael Galvão que, simplesmente, distribuiu uma folha A4 com lista de tópicos para escolha dos vereadores para entrar no procedimento de votação.
A hipótese de prisão, no entanto, foi descartada logo em seguida. O coronel chamado pelo vereador Abílio Junior se recusou a prender o presidente da Câmara. O caso ficou apenas em boletim de ocorrência que Abílio prometeu registrar.
Os ânimos acirrados desta sexta-feira (6) tiveram seu estopim com o parecer da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) pela nulidade do processo aprovado pela Comissão de Ética e Decoro pela cassação.