Em 1976, ouvi falar do Coronel Percival Harrison Fawcett. Era um explorador inglês que viveu no Ceilão, atual Sri Lanka, no Oriente asiático. Seu pai era um militar inglês que servia na então colônia. Lá, Fawcett cresceu em um mundo mais misterioso espiritualmente do que a Inglaterra. A colônia ficava ao Sul da misteriosa Índia e conservava parte especial dos antiqüíssimos segredos do hinduísmo clássico. E foi lá também que ele recebeu do pai uma estatueta de basalto que mudaria a sua vida completamente. Basalto é uma rocha negra muito dura. A estatueta emitia um tipo de choque elétrico e como uma bússola apontava direções. Ele não tinha utilidade para a peça, mas guardou-a. Recebeu como algo que deveria guardar porque lhe seria útil algum dia.

No século 20, já vivendo na Inglaterra, foi designado pelo governo inglês como mediador numa disputa de terras entre Peru e Colômbia, na região da atual cidade colombiana de Letícia. Lá ele ouviu falar de um “eldorado”, que seria uma região onde uma cidade de telhados de vidro guardaria tesouros incalculáveis em ouro. Voltou à Inglaterra, levantou financiamento junto à poderosa Real Sociedade Geográfica. Com esses recursos fez várias expedições à Amazônia e, por fim, ao Centro-Oeste, depois de frustrada expedição à Bahia, no Brasil. Sempre buscando aquela cidade.

Finalmente em 1925 esteve em Cuiabá e conseguiu tocar em frente a sua expedição até a região do rio Xingu, nas proximidades da atual Serra do Roncador. Li muito a respeito. Ele teve suas expedições sempre marcadas por muito sofrimento e por profundas contradições e incompreensões. Alguns achavam que ele era um aventureiro em busca de ouro e de tesouros. Era um tempo de grandes expedições na África, na Ásia e nas Américas Central e do Sul, em busca de tesouros e de civilizações perdidas.

Na sua visão cabiam as duas coisas. Encontrar a lendária cidade dos telhados de vidro e a cidade de uma antiga civilização, chamada de “Cidade Z”. Sempre guiado pela misteriosa estatueta que ganhou no Ceilão. Os relatos retirados das cartas que enviava à sua esposa na Inglaterra contam a segunda expedição, em 1925, até o momento em que ele chegou ao “Acampamento do Cavalo Morto”, da sua primeira expedição. Próximo ao rio Culuene, vizinho do rio Xingu. Dali pra frente dispensou os guias, mateiros e carregadores e seguiu só, com o filho Jack e o amigo Ralley.

Ali morria a realidade e começava a lenda do desaparecimento do Coronel Fawcett que provocaria muitas outras expedições à região em busca de vestígios que nunca foram encontrados. Mas esta é outra estória.

Prometo voltar gradualmente ao assunto, porque ele é muito vasto. Neste artigo não haveria espaço para contar sobre as contradições levantadas. Se morreu ou não. Ou se, de fato, encontrou a “Cidade Z”, onde o seu filho Jack faria parte da construção da raça da próxima civilização: a civilização do século 21. Estive na Serra do Roncador há uns cinco anos e encontrei sinais poderosíssimos dessa nova civilização. Tema para outro artigo.

Assinatura Coluna Onofre

 

 

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