Cidades

Coronéis dão liberdade a Zaqueu e mantêm prisão do cabo Gerson

2 minutos de leitura
Coronéis dão liberdade a Zaqueu e mantêm prisão do cabo Gerson

Ednilson Aguiar/O Livre

Depoimentos Grampos ilegais

O Conselho Especial de Justiça, formado por quatro coronéis e pelo juiz Murilo Mesquita, da 11° Vara Criminal Militar, deu liberdade ao coronel Zaqueu Barbosa. Por unanimidade, foi mantida a prisão do cabo Gerson Luiz Ferreira Corrêa Júnior.

Os coronéis Elierson Metello de Siqueira, Valdemir Benedito Barbosa, Luiz Cláudio Monteiro da Silva e Renato Antunes da Silveira Junior votaram pela substituição da prisão preventiva de Zaqueu por prisão domiciliar. O juiz votou pela manutenção da prisão.

Zaqueu estava preso há 264 dias. O argumento utilizado pelo coronel Valdemir Barbosa, e seguido pelos outros coronéis, foi de que a participação de Zaqueu foi menor que a do cabo nas interceptações telefônicas ilegais.

Por maioria, o conselho manteve também a prisão domiciliar dos coronéis Ronelson Barros e Alexandre Lesco.

Os coronéis Zaqueu Barbosa, Evandro Alexandre Ferraz Lesco e Ronelson Jorge de Barros, o tenente-coronel Januário Antônio Edwiges Batista e o cabo Gerson Luiz Ferreira Correa Junior são acusados de participar de um esquema montado para espionar pessoas de interesse da cúpula do governo do Estado. Evandro Lesco, Ronelson Barros e Januário Batista chegaram a ser presos durante a tramitação das investigações no Tribunal de Justiça de Mato Grosso, mas conseguiram afrouxamento das medidas. Zaqueu e Gerson continuam presos.

O esquema teria tido início durante a campanha eleitoral de 2014 e continuado até, pelo menos, as eleições municipais de 2016. Estima-se que mais de 70 mil interceptações foram realizadas no Estado no período. Entre os alvos identificados estão advogados, jornalistas, servidores públicos, políticos, médicos, membros do Ministério Público e outros.

O caso tramitava sob a relatoria do desembargador Orlando Perri no Tribunal de Justiça de Mato Grosso até que foi avocado, em outubro do ano passado, pelo ministro Mauro Campbell Marques, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Em dezembro, o ministro desmembrou o processo dos militares, deixando-o a cargo da 11ª Vara Criminal de Cuiabá.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros




Como você se sentiu com essa matéria?
Indignado
0
Indignado
Indiferente
0
Indiferente
Feliz
0
Feliz
Surpreso
0
Surpreso
Triste
0
Triste
Inspirado
0
Inspirado

Principais Manchetes