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Coronavírus: missas online atraem mais fieis que as presenciais, diz arcebispo

Na missa da Páscoa, 9 mil fies assistiram a missa transmitida online. Em domingos comuns, a Catedral reúne apenas 300 pessoas

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Coronavírus: missas online atraem mais fieis que as presenciais, diz arcebispo
Durante quarentena, Dom Milton celebra missas online no Santuário Eucarístico N. S. do Bom Despacho, em Cuiabá (Foto: Arquidiocese de Cuiabá)

As missas transmitidas online têm atraído mais fieis do que as missas presenciais. A constatação foi feita pelo arcebispo de Cuiabá, Dom Milton Santos, que no domingo passado celebrou a missa de Páscoa e foi assistido por 9 mil pessoas.

Em uma missa corriqueira na Catedral Metropolitana do Senhor Bom Jesus de Cuiabá, uma celebração em tempos sem pandemia, reúne cerca de 300 pessoas. A missa é transmitida via rádio, mas segundo o arcebispo, nada se compara ao efeito da quarentena que fechou as portas das igrejas do país e do todo o mundo.

“É o momento de se descobrir a igreja viva que existe dentro de casa, a igreja doméstica. A comunhão é espiritual”, enfatiza.

“São Coronavírus”

Dom Milton chega a brincar com a situação inusitada provocada pela quarentena. “Eu tenho chamado esse vírus de ‘beato’ coronavírus, daqui a pouco eu vou chamá-la de ‘santo”.

Durante missa no Santuário Eucarístico de N. S. do Bom Despacho, em Cuiabá, círio pascal – a grande vela acessa no Sábado Santo – representa Jesus ressuscitado na tradição Católica (Foto: Arquidiocese de Cuiabá)

Sem desmerecer os efeitos drásticos que a pandemia tem provocado, o sacerdote diz que com as medidas de isolamento social, muitas pessoas estão redescobrindo a importância da família e de ficar em casa.

Prevenção já existe desde 2010

Dom Milton conta ao LIVRE que desde 2010 a Arquidiocese de Cuiabá tem adotado medidas para combater a proliferação de doenças dentro das missas.

Naquele ano, a arquidiocese publicou um documento que faz parte de um sínodo – uma espécie de reunião convocada pelo arcebispo – e que orientou os padres e os fieis a não concederem a comunhão na boca e, sim nas mãos.

Dom Milton tem celebrado missas que estão sento transmitidas pelo Facebook e pelo site da arquidiocese (Foto: Arquidiocese de Cuiabá)

Outra recomendação foi o não abraço da paz, gesto que é comum em muitas igrejas em momentos pouco antes da comunhão.

Dom Milton conta que em algumas paróquias a medida chegou a ter resistência por parte de fieis mais conservadores.

“Existem muitos grupos de jovens que surgem sem a autorização do bispo, e que criam códigos entre si, como comungar na boca e de joelhos. A recomendação para não comungar dessa forma existe porque a saliva pode transmitir doenças”, ressalta.

Medidas contra o coronavírus

Na Arquidiocese de Cuiabá, as medidas contra o coronavírus continuarão até o fim da pandemia. Até lá, as paroquias vão continuar com as igrejas fechadas.

Dom Milton informa ainda que batizados, primeiras comunhão, crismas e casamentos poderão ser remarcados para o ano que vem.

Com portas fechadas, santuário só tem missa com a presença dos acólitos e ministros de música (Foto: Arquidiocese de Cuiabá)

Isso porque, para que os fiéis possam receber os sacramentos precisam passar por preparações como cursos e catequese. “Não vamos fazer nada atropelado. Se não der para fazer este ano, vamos remarcar para 2021”, pontua.

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