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Contra aumento de impostos, caminhoneiros fecham as principais rodovias federais em MT

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Contra aumento de impostos, caminhoneiros fecham as principais rodovias federais em MT

 

PRF

bloqueio rodovia br 163 sorriso

Bloqueio dos caminhoneiros no município de Sorriso, BR 163

 

Caminhoneiros estão bloqueando as principais rodovias federais de Mato Grosso nesta quarta-feira (1º de agosto). O protesto é contra o aumento na tributação dos combustíveis, anunciada no último dia 20 pelo governo federal. O acréscimo no PIS/Cofins elevou o litro do diesel em R$ 0,46, o litro da gasolina em R$ 0,41 e o litro do etanol em R$ 0,19. 

No Estado, os bloqueios acontecem nas BRs 070, 163 e 158. Em Sorriso (398 km de Cuiabá), o ponto interditado é o quilômetro 747 da BR-163, sentido sul. Segundo a Rota Oeste, os manifestantes devem liberar a via a cada duas horas. A partir das 12h, a rodovia será fechada nos dois sentidos, com o fluxo sendo liberado a cada duas horas. Estão sendo parados apenas carretas carregadas. Cargas vivas, ambulância, ônibus e carros de passeio estão sendo liberados.

Em Vila Rica (1.273 km de Cuiabá) o bloqueio é na BR-158. Em Barra do Garças o bloqueio é na BR-070. Depois das 15 horas, outros trechos da BR -163 devem ser bloqueados em Sinop, Guarantã do Norte e Matupá. E na Capital, também depois das 15 horas, devem ser bloqueadas as saídas para Rondonópolis (BR-364) e a saída para Cáceres (BR-070). Outro possível ponto de bloqueio será na altura do município de Comodoro (637 km da Capital), na BR-174.

Coordenado por meio do WhatsApp, o movimento deve ocorrer de forma simultânea em pelo menos seis Estados. Ao todo, serão 40 pontos interditados nas principais rodovias federais do país.

O presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas de Mato Grosso (Sindmat), Eleus Amorim, que está à frente do movimento na capital, afirma que a intenção é parar o Estado. “Caso o governo não revogue o aumento, nós vamos continuar”, disse ao LIVRE.

O Livre

mapa protesto

Possíveis pontos de bloqueio nas rodovias federais de Mato Grosso, segundo os organizadores

Mais aumento

Os caminhoneiros repudiam ainda o possível aumento de R$ 0,10 na cobrança do Fethab sobre o óleo diesel e protestam também contra o governo estadual. Segundo o vice-governador Carlos Fávaro, a medida seria uma alternativa para socorrer a saúde.

No sul do Estado, em Rondonópolis, quem está à frente do movimento é o representante do Movimento dos Transportadores de Grãos (MTG), Gilson Baitaca. Ao LIVRE, ele afirmou que o protesto não terá hora para terminar. “A não ser que o governo nos atenda hoje”, explicou.

Efeito cascata

Segundo levantamento da Associação Nacional de Transporte de Carga e Logística, o aumento dos impostos sobre os combustíveis deve elevar o custo do frete em pelo menos 4%.

“Os caminhoneiros não têm como repassar isso no custo do frete, está ficando inviável trabalhar nesse país”, alegou Baitaca, que convidou toda a sociedade a aderir ao movimento. “Isso vai mexer no orçamento de todas as famílias brasileiras”, disse.

Para os demais caminhoneiros, Baitaca orienta que não peguem as estradas para não gerar conflitos e que não tentem furar os bloqueios. “Se o colega caminhoneiro quer vir para ajudar, tudo bem. Mas, se for para causar tumulto, não saia de casa”.

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