O Consórcio Rio Verde, responsável por sete unidades de funcionamento do Ganha Tempo em Mato Grosso, se manifestou sobre relatório da CGE entregue à Secretaria de Estado de Planejamento, que aponta supostas irregularidades no atendimento.
A assessoria jurídica diz que discorda dos números apresentados pelos técnicos da Controladoria Geral do Estado (CGE), sobre supostos atendimentos ‘fakes’ nas unidades”, diz trecho de nota enviada à imprensa.
“Quanto ao tempo de atendimento inferior a 30 segundos o que de fato ocorreu, é que no primeiro mês de atendimento (…) os atendentes, por uma falha operacional, não estavam realizando o controle de tempo no início do atendimento, estava sendo ativado somente quando o serviço estava concluído. A falha foi detectada e solucionada”, explicou a advogada Gabriela Tomain.
Com relação ao número de servidores inferiores aos contratados pelo Estado, a advogada informa que o número é menor porque a ordem de serviços é menor do que o estimado em contrato, e que deve ser considerado que as unidades trabalham hoje com 80% da capacidade produtiva efetiva.
O contrato previa uma demanda estimada de 137 mil atendimentos mês, mas, na prática, utilizando o mês de maio como referência, foram atendidos 113 mil usuários, com índice de satisfação considerado excelente, chegando a 99% de qualidade.
O Consórcio alega que outro erro apontado no relatório da CGE seria a cobrança de R$ 19 por atendimento realizado, porém esse valor nunca foi praticado pela Rio Verde.
“O valor pago por atendimento é de R$ 13,88 e não R$ 19 como mencionado. Praticamos o preço estipulado no contrato e nada a mais. Vale lembrar que antes de assumirmos a administração do Ganha Tempo, o custo médio de atendimento nas unidades era de R$ 32 para o Estado”, ponderou.
“As unidades funcionam como qualquer outra empresa, o consórcio tem os custos para operação, energia, limpeza, manutenção predial, sem falar na troca da infraestrutura de TI que precisa ser realizada a cada 5 anos de execução do contrato. Se fala em lucro exorbitante, mas todos os ônus de manter o empreendimento é cumprido por parte da empresa e não do Estado. O Governo não está sendo onerado, além disso, ainda existe o recebimento de 25% pelas receitas acessórios das unidades, como xerox, cantina, aluguéis, entre outros”, finalizou a advogada.
(Com assessoria)