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Conheça as espécies de coronavírus que contaminam cães e gatos, mas que são inofensivas aos humanos

O vírus que provoca a Covid-19 não contamina os animais; da mesma forma que os vírus que atingem os pets não adoecem humanos

4 minutos de leitura
Conheça as espécies de coronavírus que contaminam cães e gatos, mas que são inofensivas aos humanos
(Foto: Divulgação)

Em meio à crise provocada pela pandemia do novo coronavírus, muitos tutores de pets estão preocupados com seus animais.

Na última semana, foi registrado em Cuiabá, a morte de um felino por conta de Peritonite Infecciosa Felina (PIF) – que é uma doença provocada pelo coronavírus felino.

O médico veterinário Jhean Hugo Dias da Silva, que atua na Clínica Veterinária do Povo, na unidade do bairro Jardim Imperial, em Cuiabá, explica ao LIVRE como funciona essa doença provocada pelo coronavírus felino e tranquiliza: “ninguém precisa entrar em pânico, porque o coronavírus que pode infectar os pets não infecta os humanos”.

Médico veterinário Jhean Hugo Dias explica a diferença entre os coronavírus que afetam caninos e felinos e o coronavírus que causa Covid-19 entre os humanos (Foto: Ednilson Aguiar/ O Livre)

Vírus de espécies diferentes

Jhean esclarece que o coronavírus em animais são de espécies diferentes do coronavírus humano.

O coronavírus em animais são da espécie “alfa coronavírus”, que são divididos em coronavírus canino e coronavírus felino.

Já o Covid-19 – que tem preocupado o mundo – é provocado por um “beta coronavírus” – que é outra espécie do vírus.

“Não existem evidências cientificas que comprovem a infecção de cães e gatos por coronavírus que afeta humanos, e nem o contrário. O contato direto com o cão ou com o gato não transmite o coronavírus animal para humanos”, enfatiza.

Assista ao vídeo:

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Coronavírus felino

O coronavírus em gatos é mais letal do que nos cães. O médico veterinário explica que os principais sintomas são “gastroentéricos”.

“O felino fica sem se alimentar, apático, não bebe água, fica prostrado. Em alguns casos a doença tem um percurso um pouco maior. O período de incubação ocorre entre 5 e 7 dias – que vai da infecção até o surgimento dos primeiros sinais clínicos”, destaca.

(Fonte: Associação Brasileira de Patologia Veterinária)

O veterinário ressalta que em muitos casos o felino é portador da doença, mas não é doente, e que pode acabar desenvolvendo a Peritonite Infecciosa Felina após um estresse que resulte na queda imunológica.

Nos felinos, a PIF pode ser potencializada quando existem doenças imunológicas, como as provocadas pelo vírus da leucemia felina (FeLV) e o vírus da imunodeficiência felina (FIV) – que é como se fosse a AIDS entre os gatos.

Coronavírus canino

Nos cães, o coronavírus é menos letal. Jhean explica que o vírus é potencializado quando associado ao parvo vírus canino – que é o causador da parvovirose – e que consiste em vômitos e diarreia.

“O coronavírus canino não é tão ofensivo, porque sozinho não dá tanto problema, mas existem vacinas que previnem. Como é o caso das chamadas V8 ou V10 – são três a quatro doses em um intervalo de 21 dias, e depois anual – e que são aplicadas a partir de 45 dias de vida do canino”, explica o veterinário.

Diferente do que ocorre com os gatos, os cães quando contaminados por coronavírus têm cura e tratamento.

Médico veterinário Jhean Hugo Dias explica que o coronavírus canino tem prevenção (Foto: Ednilson Aguiar/ O Livre)

“O tratamento é para uma gastroenterite comum, com uso de medicamentos para cortar o vômito, combinação de antibióticos para combater a flora maléfica que vai acabar proliferando no intestino do paciente e que vai ficar lesionado, e aplicação de repositores de flora intestinal benéfica”.

Melhor forma para proteger os animais

A prevenção, no caso dos cães pode ser feita com vacina. No caso de felinos ainda não existe vacina, mas é possível cuidar da saúde dos “gatinhos” com higienização.

“Principal prevenção em relação aos felinos é evitar aglomerações. É importante cada felino ter o seu canto sanitário. Muitos deles acabam se contaminando quando usam vasilhas sanitárias compartilhadas”.

O veterinário indica que a limpeza dos ambientes também é importante. Para isso, podem ser utilizados produtos como: hipoclorito e amônia quaternária – que podem ser comprados nas casas veterinárias.

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