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Combate à dengue usa drones para identificar focos em Cuiabá

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Combate à dengue usa drones para identificar focos em Cuiabá

Assessoria

Drones no combate à dengue

Drones são empregados no combate ao mosquito da dengue em Cuiabá

O combate ao mosquito Aedes aegypti tem novos aliados, os Veículos Aéreos Não Tripulados (VANT), mais conhecidos como drones. Para enfrentar as epidemias associadas ao mosquito, transmissor dos vírus de doenças como dengue, zika vírus e as febres chikungunya e amarela, uma parceria entre a empresa Loglab e a Prefeitura de Cuiabá realiza o mapeamento e monitoramento dos focos larvários do mosquito na capital mato-grossense.

Segundo o proprietário da Loglab, Fernando Pereira, o VANT é uma nova arma na guerra contra o mosquito. Com tecnologia avançada, os criadouros são identificados do alto com muito mais eficiência e rapidez. “Uma forma de combate mais eficiente, já que o drone identifica e marca via pontos geográficos os locais com foco do mosquito e esses dados são passados para as equipes de solo que podem aumentar a efetividade de seu trabalho. O que gera economia de custo e pessoal”, pontua.

De acordo com informações da administração municipal neste primeiro momento, o VANT sobrevoará os bairros assinalados como os campeões na proliferação do mosquito pelo LIRAa – Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti. E as imagens servirão de subsídio para que o Comitê de Ação Preventiva contra o mosquito Aedes aegypti intensifique as ações de combate ao Aedes, já que terão acesso a informações dos principais criadouros computados por região, rua e casa e assim dimensionar e direcionar melhor os trabalhos nos bairros com LIRAa mais altos.

Assessoria

Drones no combate à dengue

Do alto é possível verificar os pontos críticos na capital

Vant
Diferente de um drone amador, de uso recreativo, o equipamento de uso profissional, o VANT, tem tecnologia, que é 200 vezes mais produtiva do que os métodos tradicionais, e que pode coletar informações em loco de grande massa. “Ele [drone] faz uma fotogramétrica, um mapeamento por meio da captura de imagens, que pode localizar os focos ou potências criadouros de forma exata e georreferenciada. A partir daí é feita a analise e um banco de dado é criado. No final é entregue um bloco fotogramétrico das regiões, junto com a base de dados dos potenciais focos”, explica o analista de sistemas Leonardo Heros.

Além disso, as imagens possuem pelo menos 10 vezes mais resolução, que imagens de satélite. “São imagens praticamente em tempo real, diferente de satélites que pode ter até alguns anos de defasagem. Outro ponto é a rapidez na coleta das informações, enquanto um drone recreativo, não captura imagens nem de cinco quarteirões, conseguimos fazer um bairro como o do Pedro 90, que possui cerca de 500 quarteirões, em poucas horas”, conta.

O bairro, que possui cerca de 25 mil habitantes, está entre os maios preocupantes de Cuiabá de acordo com o levantamento. A amostragem indicou focos do Aedes aegypti em toda a região e destes, mais de 70% estavam em recipientes de armazenamentos de água, sejam caixas ou tonéis em uso que estavam abertos, ou mesmo abandonados. O lixo também é outro vilão, representando 30% dos criadouros.

Integração
O uso dos drones para mapeamento e monitoramento dos focos larvários do mosquito faz parte de um projeto de Sistema Integrado da Saúde, que a Loglab está desenvolvendo para a Secretária Municipal de Saúde. “O projeto integrará toda a rede de saúde da Prefeitura, seja prontuário eletrônico, controle dos atendimentos, ações de prevenção como o drone. Por exemplo, a UPA do Morada do Ouro e o Centro de Distribuição, já estão com o sistema implantado, esses dois lugares estão como projeto piloto, para entendermos as dificuldades e depois expandir”, explica Fernando Pereira.

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