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Com R$ 130 milhões em caixa, VG fará nova licitação para obras de asfalto

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Com R$ 130 milhões em caixa, VG fará nova licitação para obras de asfalto
Foto: Secom/VG

Prefeita de Várzea Grande, Lucimar Campos (DEM) assinou na semana passada um empréstimo de R$ 80 milhões com a Caixa Econômica Federal. Somado à contrapartida do município, de R$ 20 milhões e outros R$ 30 milhões de um convênio assinado no ano passado com o Banco do Brasil, o município tem, agora, o desafio de investir R$ 130 milhões em obras de pavimentação asfáltica.

Para isso, a prefeitura deve realizar uma nova licitação. A previsão é de que, em quatro meses, segundo o secretário municipal de Comunicação, Marcos Lemos, os primeiros bairros sejam atendidos. Os primeiros, que já constam no calendário de obras, são os bairros Nova Fronteira, Porta da Amazônia, Costa Verde, Princesa do Sol e Maringá I.

Até o final da gestão, Lucimar pretende chegar ao total de R$ 200 milhões investidos em pavimentação asfáltica, drenagem, galerias de águas pluviais, meio fio e sarjetas. No entanto, R$ 70 milhões dependem de emendas parlamentares já prometidas ao município e a possibilidade de contratação de outros empréstimos.

Até o momento, Lucimar já realizou aproximadamente 130 km de asfalto na cidade, desde o início de sua gestão, em 2015. Entre os bairros beneficiados estão o Asa Branca, Asa Bela, Capão Grande, Cidade de Deus, Cristo Rei, Eldorado, Figueirinha, Hélio Ponce, Joaquim Curvo, Jardim Glória I e II, Jardim Esmeralda, Jardim Paula I, Mapim,Nova Fronteira, residenciais Jacarandá e Solaris do Tarunã, Vila Arthur I e II, entre outros.

Dificuldades

Várzea Grande vive diversas dificuldades se tratando de asfaltamento. Alguns bairros ficam às margens dos rios e, de acordo com o secretário de Comunicação, existem bairros em que a drenagem sai mais cara que a própria pavimentação das ruas, como é o caso do bairro Costa Verde.

“O final do bairro fica em frente ao Rio Cuiabá. É justamente essa parte que necessita de drenagem. Caso isso não seja feito da maneira adequada, a durabilidade do asfalto é menor e perde a qualidade. Ninguém quer investir recursos em uma obra malfeita”, explicou Marcos Lemos.

Outra dificuldade pontuada pelo secretário é com relação a falta de planejamento da cidade, que foi se expandindo ao longo dos anos. Alguns bairros possuem distância de até 30 km da região central da cidade, fato que também encarece as obras. Além do mais, alguns bairros da Cidade Industrial não são regularizados.

Segundo Lemos, apenas os bairros já regularizados poderiam receber asfalto oriundo dos financiamentos de bancos vinculados ao governo federal.

“Alguns bairros vão ser totalmente asfaltados com esse dinheiro, outros, infelizmente, não. Nós temos uma grande deficiência, que é a falta de planejamento da cidade. Alguns bairros mais distantes encarecem muito a obra. Outros que não estão regularizados não podem receber asfalto até que sejam regularizados”, explicou.

Herança para futuras gestões

O novo financiamento com a Caixa Econômica terá prazo de 120 meses, o que totaliza 10 anos. Como a linha de crédito da Caixa – o Finisa (Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento) – possui um ano de carência, o empréstimo seria quitado apenas em 2030 ou, mais precisamente, três gestões municipais após o término da gestão de Lucimar Campos.

Durante o ato de assinatura, que ocorreu na última segunda-feira (25), o senador Jayme Campos (DEM) não descartou a possibilidade da contratação de novos empréstimos para obras de infraestrutura. Sua atuação em Brasília deve garantir ao município empréstimos com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que já teria demonstrado interesse na transação financeira.

“Várzea Grande tem condições financeiras de pagar o financiamento porque trabalha com ajustes e gasta o necessário. Os recursos arrecadados com impostos são reinvestidos em obras e benfeitorias. Aqui em Várzea Grande as obras têm começo, meio e fim”, disse o senador na ocasião.

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