Política

Com primos delatados, Pedro Taques diz que delação não é condenação

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Com primos delatados, Pedro Taques diz que delação não é condenação
(Foto:Ednilson Aguiar/ O Livre)

O governador Pedro Taques (PSDB) criticou o uso da delação premiada como instrumento para reprovação pública de suspeitos de cometerem crimes. Segundo o tucano, é preciso haver provas para condenação. Na semana passada, dois primos do governador, Paulo Zamar Taques e Pedro Jorge Zamar Taques, foram presos depois de serem delatados pelo empresário José Ferreira Gonçalves Neto, sócio da EIG Mercados.

“[A delação premiada] é muito importante e tem trazido grandes instrumentos de condenação e limpeza do Brasil. Agora, condenação com base em delação precisa ter prova. E quando o Ministério Público apresenta denúncia, não quer dizer que o cidadão foi condenado”, disse o governador, em entrevista coletiva nesta quinta-feira (17).

Taques disse que as delações atualmente são tidas como verdade, e que elas estão invertendo situações. “Agora a delação está transformando vagabundos em santos. Está transformando malandros em santos. Porque hoje qualquer coisa que você fala contra político ou contra alguém perto de político já vira verdade absoluta. O processo serve para condenar, mas também para absolver. E quem condena é o Judiciário”, afirmou.

Paulo Taques comandou a Casa Civil entre janeiro de 2015 e maio de 2017 e, nesse período, foi o homem forte do governo Taques. Ele é acusado pelo MPE de ser um dos líderes do suposto esquema de corrução no Departamento Estadual de Trânsito (Detran). O MPE denunciou 58 pessoas na Operação Bônus (segunda fase da Bereré).

Além de Pedro Jorge e Paulo Taques, também foram denunciados o ex-governador Silval Barbosa, o ex-deputado federal Pedro Henry e sete deputados estaduais: Mauro Savi (DEM), Eduardo Botelho (DEM), José Domingos Fraga (PSD), Wilson Santos (PSDB), Baiano Filho (PMDB), Ondanir Bortolini “Nininho” (PSD) e Romoaldo Júnior (PMDB).

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