O Ministério Público e o Tribunal de Justiça do Estado articulam o aumento de 10% no orçamento para o ano que vem, enquanto o governador eleito Mauro Mendes (DEM) trabalha o corte de despesas e clama pela contribuição de todos devido a difícil situação financeira do Estado. A decisão, entretanto, está nas mãos dos deputados estaduais, responsáveis pela aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA) 2019.

Três parlamentares reeleitos têm opiniões divergentes, o vice-líder do governo, Wilson Santos (PSDB), por sua vez, é o mais enfático. Contrário ao aumento num momento de crise, o tucano disparou: “não tem espaço para aumentar orçamento, é preciso ter juízo, cautela, otimizar gastos, cortar na carne, se possível até no osso, para concluir essa travessia com segurança. O momento agora é de apertar os cintos, exige o sacrifício de todos, não podemos ter um Estado que gasta tudo que arrecada em si próprio”.

Ele pondera que os Poderes “devem ter suas razões” para querer aumento, diz entender que estão presentes em todas as comarcas do Estado, mas que Mato Grosso ainda não saiu da crise e que é preciso a compreensão e contribuição de todos. “Eles devem saber as demandas deles e é um direito pleitear esse aumento, mas, se vão conseguir ou não, depende da Assembleia Legislativa”.

Deputada da oposição e possível base na próxima gestão, Janaina Riva (MDB) demonstrou ser favorável ao incremento no duodécimo dos dois Poderes, embora seja contra o aumento do orçamento do Legislativo Estadual e do Tribunal de Contas. “Não tem como colocar todo mundo no mesmo cesto. Tem que fazer essa comparação entre os Poderes, analisar quem deve atender com melhor qualidade e quem já tem condições de dar um bom atendimento”.

Para ela, é natural que o Ministério Público e o Tribunal de Justiça cresçam, uma vez que a demanda deles é no Estado inteiro, diferente do Tribunal de Contas e da Assembleia, cuja demanda é estática. Nesse momento, a Assembleia tem mais condições de contribuir com o Estado do que o Ministério Público, não concordo em deixar eles na mão”.

Situação no governo Pedro Taques (PSDB) e se anunciando como deputado “independente” na gestão de Mauro Mendes, Max Russi (PSB) ressalta que, em sua opinião, o que for feito pelo Tribunal de Justiça deve ser feito pelo Ministério Público.

“Não sei se é justo aumentar ou não. A justificativa quem tem que dar são os presidentes dos Poderes. Eu não sei se o Tribunal de Justiça e o Ministério Público têm necessidade de aumento, agora a Assembleia Legislativa eu sei que não tem”, pontuou.

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