Se você mora ou trabalha num imóvel alugado, má notícia. O índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) – utilizado para reajustar os valores dos contratos imobiliários – já começou 2021 com alta de 25,71%. Isso significa que o valor a ser pago pelo seu teto pode sofrer correção e pesar no orçamento.
O tema é objeto de proposta na Câmara dos Deputados e no Congresso. Em agosto do ano passado, os senadores derrubam um veto e proibiram despejo de inquilinos durante emergência do coronavírus. A lei vigorou até outubro de 2020.
A situação reforça a orientação de especialistas sobre a negociação dos valores com o locador para evitar o impacto nas contas no fim do mês e até mesmo um despejo do imóvel.
Para Claudecir Contreira, vice-presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci-MT), a melhor saída é mesmo a negociação.
“É certo que não tentamos impor esse aumento. Nós tentamos negociar para que o contrato continue em vigência e locador e locatário prossigam com o negócio. Nossa orientação é para que a correção fique sempre o mais razoável possível”.
Na pandemia, ações de despejo em Mato Grosso por inadimplência têm sido raras, segundo Claudecir. “Ela [a pandemia] tem sim causado deficiência de pagamento, alguns desacordo, mas são casos pontuais”, explicou.
São os números dos anteriores que colocam o Estado numa posição confortável. Claudecir aponta nos últimos cinco anos “um recorde absoluto” de venda de imóveis. “Somente em Cuiabá negociou-se R$ 3,2 bilhões. Não víamos isso há muito tempo”.
Mas como negociar?
- Tente negociar o reajuste com base em outro índice de preços, como o IPCA, por exemplo;
- Procure valores de imóveis com a mesma característica e considere uma mudança;
- Converse sobre a possibilidade da não-aplicação do IGP-M completo
- Se não for possível mudar o contrato de imediato, negocie uma alteração para o próximo ano