O prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB) realizou nesta terça-feira (7) a cerimônia de reativação da Estação Elevatória da Prainha, inativa desde 2013, quando o atual governador Mauro Mendes (DEM) ainda era prefeito. Em uma crítica velada, Pinheiro disse que até hoje não entende os motivos que levaram à desativação.
“Não dá para julgar, mas eu não entendo até hoje quais são os motivos que fizeram essa estação ficar fechada por quase dez anos, o que a meu ver, traz um prejuízo enorme para a nossa capital, especialmente no que diz respeito ao tratamento de esgoto”, pontuou Pinheiro.
A desativação trouxe prejuízos em grande escala para o meio ambiente, ainda segundo o prefeito, já que o esgoto in natura era despejado no Rio Cuiabá. “Por isso eu determinei que esse esgoto fosse tratado. Isso sim é respeito ao meio ambiente e preservação do nosso patrimônio natural, que é o Rio Cuiabá”.
A reativação faz parte de um plano emergencial de investimentos focados no fornecimento de água e tratamento de esgoto. Tal plano foi celebrado por meio de assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre a concessionária Águas Cuiabá, a Prefeitura e o Ministério Público Estadual (MPE), em maio de 2018, com vigência até dezembro deste ano.
Pelo plano emergencial seriam investidos um total de R$ 228 milhões em obras de saneamento básico, sendo necessário que, até o final deste ano, 100% das residências cuiabanas sejam contempladas com a recepção de água tratada. Já até 2024, a Águas Cuiabá deve realizar o tratamento de 90% do esgoto da cidade, conforme acordo celebrado com o MPE.
No caso específico da estação inaugurada, a reativação custou R$ 3,6 milhões que serviram para obras de ampliação, readequações e equipamento tecnológico. O local funcionará com o apoio do Sistema de Esgotamento Sanitário Dom Aquino. Emanuel deve entregar até o final do mandato, 11 novas estações elevatórias de tratamento de esgoto.
Balanço
Durante a entrega da estação, o presidente da Águas Cuiabá, Luiz Fernando Fabriani, apresentou o que a concessionária já realizou até o momento. Dos R$ 228 milhões, a concessionária já investiu R$ 176 milhões em obras de saneamento e deve passar de 33% até 61% da cobertura de esgoto tratado na cidade até o final do ano.
Presente no evento, o presidente da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Ronaldo Nogueira, elogiou a iniciativa da prefeitura, lembrando que outras cidades deveriam seguir o exemplo de Cuiabá no país. “O Brasil está em mora com a sociedade em relação a políticas de meio ambiente e de saneamento básico. Iniciativas como essa precisam ser levadas ao restante do país”, destacou.