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Com a câmera sempre na mochila, fotógrafo registra cotidiano e relembra infância

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Com a câmera sempre na mochila, fotógrafo registra cotidiano e relembra infância

O fotógrafo Diego Almeida ficou saudosista nos dias que antecederam o aniversário da cidade. As memórias da infância foram aguçadas com uma demanda da agência de comunicação onde trabalha, a Pau e Prosa.

Muito conhecido por registrar manobras de skatistas e que como pano de fundo sempre acaba por revelar detalhes arquitetônicos da Cuiabá colonial ou moderna, voltou no tempo. A avó, morava no calçadão da Galdino Pimentel, onde hoje, funciona a loja Mundo das Festas. “Ela era casada com um italiano que trabalhava na Casa Orlando, na esquina do calçadão”, relembra.

“Ela nasceu em São Gonçalo Beira Rio. Antes de trabalhar lá, ele vendia utensílios domésticos batendo de porta em porta. Ele a conheceu em uma dessas ocasiões, lá na comunidade. Daí se casaram e foram morar nessa casa no Centro. Lembro de quando era criança, ir visitar os parentes da minha avó, e ter que atravessar pontes de madeira lá. Aquela parte onde tem as peixarias, a estrada era difícil até de manobrar carro. O chão era batido de terra e o caminho era bem próximo ao barranco”, resgata na memória.

“Para compor o trabalho para a agência, tive que apreciar acervos do passado e me encantei com os registros do fótografo Lázaro Pappazian, o Chau”. A avó, inclusive, tinha uma foto da antiga catedral, demolida em 1968, tirada por Chau, incorporada à decoração da casa da família na atualidade.  Ele registrou o cotidiano da cidade em um passado recente, sua vida social e edificações, a exemplo, que foram dando lugar a uma nova ocupação do espaço. Chau doou 25 mil fotos para o Misc, fechado na atualidade.

“Por conta do trabalho comecei a andar com a câmera na mochila, para flagrar a cidade em ângulos diferentes, me propus a realizar algumas intervenções artísticas também. Fortaleci esse meu amor e orgulho pela cidade. O resultado é um número de fotos expressivos que pode vir a ser exposto no futuro”, conta.

“Ao olhar com atenção para a cidade, me veio um turbilhão de lembranças da infância, de lugares de outrora que mudaram completamente. Daí estou saindo e fotografando tudo que acho legal documentar. Curto demais o centro, passei minha adolescência subindo a 13 de junho de skate para ir até a Praça Alencastro encontrar os amigos”.

Confira o resultado:

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