A fabricante da famosa Coca-Cola ameaçou interromper a produção de refrigerantes no Brasil caso o presidente Michel Temer (MDB) não baixe uma medida devolvendo ao setor os benefícios da Zona Franca de Manaus. O assunto foi levado a Michel Temer no fim de junho pela Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes (ABIR).
Segundo o grupo, só faz sentido produzir na Zona Franca se a alíquota do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) que incide sobre o concentrado de refrigerante for de, pelo menos, 15%. Se Temer não atender ao pedido, a Coca-Cola pretende destinar a produção para algum país com incentivos fiscais, ou com impostos mais baixos.
Antes da greve dos caminhoneiros, a lei permitia que os fabricantes de concentrados de refrigerantes instalados na Zona Franca vendessem o produto para seus envasadores sem pagar o IPI, gerando um crédito tributário de 20% usado para abater outros tributos, como o IR e a CSLL (Contribuição Social Sobre Lucro Líquido).
No fim de junho, o presidente Michael Temer decidiu reduzir o IPI de 20% para 4%. Isso levará o setor a gerar menos crédito e ficará sem esse colchão para abater outros tributos, reduzindo as margens de lucro da Coca Cola.
O grupo americano agora espera um posicionamento de Temer para decidir os rumos da empresa para o futuro.