Se o governador Mauro Mendes (DEM) evitou confrontar o presidente Jair Bolsonaro na polêmica do desmatamento, em 2019, desta vez, suas cobranças mais duras a promessas não cumpridas pelo governo federal geraram desconforto inevitável.
Conforme a coluna Radar, da revista Veja, a relação entre os gestores está estremecida por causa de críticas de Mendes à quebra de acordo do ministro Paulo Guedes (Economia) de envio do FEX (Auxílio de Fomento à Exportação) e à sucessiva troca de secretários de Mobilidade Urbana.
Na semana passada, o presidente Bolsonaro torceu o nariz ao saber das declarações de Mauro Mendes. O governador está em Brasília esta semana para discutir o VLT.
As duas ações afetam os planos do governo do Estado. Junto com o discurso de controle fiscal, Mendes esperava a entrada de R$ 500 milhões do FEX no caixa de Mato Grosso até o fim de dezembro.
A transferência foi prometida em reunião com o governador e a bancada federal, quando o Estado buscava apoio para suprir dificuldades financeiras.
E ainda em dezembro, Mendes anunciou, com desgosto, o adiamento da decisão sobre o VLT porque, pela terceira vez, Bolsonaro havia trocado o comando da Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana, pasta com a qual o governo do Estado negocia a participação da União no financiamento da obra.