Com menos de 20 dias para completar seis meses desde a aprovação do novo Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab) e inserção da cobrança sobre o milho, a taxação da cultura ainda é assunto de debate em Mato Grosso. Produtores e entidades representativas dos agricultores, defendem que com esse tributo a cultura está em risco, em vista do alto custo de produção e dos eminentes riscos climáticos.
Por esse motivo, na próxima terça-feira (16), será realizada uma audiência pública na Assembleia Legislativa (ALMT), para discutir os impactos dessa tributação na cultura.
O encontro, realizado a pedido do deputado estadual Ulysses Moraes (DC) vai ocorrer às 9h e reunirá produtores de todo o Estado que, liderados pelo Movimento Mato Grosso Forte, exigem o fim da cobrança do Fethab do milho, a pavimentação das estradas estaduais, um plano de ação governamental para o restabelecimento das finanças estaduais e a redução da máquina pública.
Encabeçado pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), o movimento defende que a nova taxação trouxe inúmeros resultados negativos que impactam não apenas na agricultura, mas também em outros setores, já que a ração para a criação é feita basicamente de milho, que ficou mais caro com a tributação.
Já o deputado Ulysses alega que a produção de milho muitas vezes chega a dar prejuízo ao produtor que o planta para manter os funcionários e abastecer o mercado. “Ele tem um valor que oscila muito no mercado e não traz segurança a quem o cultiva. Há ainda um agravante, já que o milho é usado na ração de suínos e seu aumento no custo impacta diretamente no custo da criação, deixando a carne de porco mais cara”, afirmou.
(Com assessoria)