A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e representantes da cadeia produtiva de carne bovina se reuniram nesta quarta-feira (31), em Brasília, para propor melhorias nos indicadores de preços de comercialização da arroba do boi gordo no país.
De acordo com o vice-presidente da Comissão Nacional de Bovinocultura de Corte da CNA, Francisco Castro, a ideia é adaptar este instrumento para que os contratos de compra de bovinos no Brasil levem em conta a realidade dos estados.
“Nós queremos estudar uma forma de melhorar esse indicador para que os produtores rurais de todos os estados brasileiros utilizem mais a ferramenta, uma vez que ele também pauta os contratos realizados na bolsa de valores”.
Para o vice-presidente da Comissão, apesar de o Brasil ser um dos maiores produtores de bovinos no mundo, o índice de comércio na bolsa de valores ainda é muito baixo.
[featured_paragraph]“Gostaríamos que o comércio fosse mais efervescente, para pautar melhor o produtor rural, para que ele tenha uma ferramenta a mais de proteção do seu patrimônio, do seu negócio”, disse Castro.[/featured_paragraph]
Segundo o sócio-diretor da consultoria Radar Investimentos, Leandro Bovo, a ideia é “sugerir aprimoramentos do modelo, informar preços para que esse indicador represente de forma mais real as negociações que estão sendo efetuadas no mercado físico”.
Durante a reunião, também foi destacada a dimensão da produção de bovinos no Brasil e a necessidade de ter um mercado futuro mais forte em bolsa.
“Na realidade, o mercado futuro agropecuário brasileiro ainda é pequeno. Em um país como o Brasil, nós precisamos ter um mercado de commodities geral mais forte, com mais liquidez e a ideia dessa reunião proposta pela CNA foi justamente discutir meios de atingir o objetivo de desenvolver esses mercados”, afirmou Leandro Bovo.