Ex-atleta profissional de vôlei, jornalista e psicóloga por formação, foi na sexualidade que Laura Muller encontrou o sucesso. Conhecida por seu jeito técnico, desinibido e informativo, ela encara com muito bom humor todas as perguntas estranhas despejadas para ela.

Mineira, de Juiz de Fora, Laura mora em São Paulo desde o fim da década de 80. Foi no fim dos anos 90, que ela assumiu a editoria de sexo da revista Claudia, da Editora Abril, dando o pontapé inicial na busca do conhecimento acerca do tema.

Mas foi mesmo no quadro do programa Altas Horas – que participa desde 2007 – que Laura ganhou notoriedade nacional. No programa ela não hesita a responder as mais diversas perguntas dos jovens e famosos.

Fora da telinha, a profissional se desdobra em outros trabalhos, como os seis livros que escreveu, sendo o mais recente deles Sexo para Adultos. Juntas, suas obras venderam mais de 100 mil exemplares. Ela também atende três vezes por semana em seu amplo consultório no Jardins, com filas de espera de até dois meses.

Fora isso, ela ainda encontra tempo para ministrar cerca de 120 palestras por ano em escolas, empresas e congressos. Laura foi uma das participantes do evento Woman, em Sinop (500 Km de Cuiabá), e contou algumas curiosidades para O LIVRE.

1 – Qual foi a pergunta que deixou você mais constrangida? Por que?

Laura Muller: Eu não sei se tem uma pergunta que me deixou mais constrangida, eu acho que é o jeitinho que os jovens perguntam lá no Altas Horas que às vezes eu dou muita risada. É bastante divertido, mas eu faço palestras Brasil afora há mais de 20 anos, então eu acabo já estando acostumada com essas dúvidas do amigo, do amigo do amigo, e por aí vai. Agora as perguntas que falam da minha vida pessoal, talvez sejam essas ali que dou uma escorregada, uma fugida pela tangente, porque o sexólogo, o psicólogo não é para ser modelo de nada. Na verdade, o que importa é que cada um viva a própria sexualidade à sua maneira, e o que a gente faz é apenas esclarecer uma dúvida ou outra, tratar de temas em geral ligados à sexualidade.

2 – Quem está mais liberal hoje quando o assunto é sexo, homens ou mulheres?
Laura Muller: Hoje a gente vê a mulher se abrindo cada vez mais, o homem também. Eu diria que a gente vive em uma sociedade em que o assunto sexo ainda é tabu, independente do gênero ou idade.

3 – Para aquelas mulheres que estão com a autoestima baixa, que conselho você daria?
Laura Muller: Primeiro, nós precisamos ver o que está causando essa baixa autoestima. Ela precisa olhar para o seu mundo interno, seus valores, suas crenças, limites, possibilidades e, se tiver se sentindo mal e precisar de uma ajuda, o especialista mais indicado é o psicólogo. Em alguns momentos, nós precisamos parar e fazer um grande processo de autoconhecimento, para que possamos viver melhor não só a sexualidade, mas também a vida como um todo de um jeito mais de acordo com o que a nossa essência pede.

4 – Uma amiga da minha irmã quer saber: qual a posição mais arriscada para o sexo?
Laura Muller: A mais arriscada sempre é aquela que a pessoa não gosta. Então se ela está fazendo uma posição que é confortável, principalmente a mulher, em que ela pode ficar se movimentando, tocando o clitóris – que é o principal órgão de prazer feminino – aí está tudo certo.

5 – Eu tenho uma vizinha da minha tia que quer saber: existe uma posição mais comum para dar prazer às mulheres?
Laura Muller: Isso me lembra uma vez que fui parada no aeroporto por uma funcionária do raio-X que me questionou sobre como ter prazer no sexo. Eu digo sempre que não existe uma fórmula mágica, mas a melhor saída mesmo é o autoconhecimento, é a pessoa saber onde ela sente mais prazer, se tocando mesmo. Temos uma cultura que inibe as mulheres neste processo, que é essencial. Precisamos respeitar os nossos limites e entender que temos flutuações, que vai ter dia que vai ser mais legal, dia que vai ser menos, e que isso faz parte da brincadeira.

Saideira – “Beijar na boca é coisa do passado…”. A moda agora é …?
Laura Muller: Eu acho que beijar na boca não é coisa do passado, mas sim um grande sinal da quentura do relacionamento a dois. Eu diria que a moda agora é cada um fazer o que sente vontade, desde que a pessoa que esteja ao lado também esteja afim, mas o beijo vale a pena continuar incluindo e não deixar no passado.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros




Como você se sentiu com essa matéria?
Indignado
0
Indignado
Indiferente
0
Indiferente
Feliz
0
Feliz
Surpreso
0
Surpreso
Triste
0
Triste
Inspirado
1
Inspirado

Principais Manchetes