Antônio Monreal Neto, chefe de gabinete do prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro, passou a noite no Centro de Custódia da Capital (CCC) e aguarda a decisão sobre o pedido de prisão domiciliar.
Monreal Neto foi preso preventivamente durante a operação Capistrum, que apura supostos crimes de corrupção na Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá.
O advogado de defesa de Antônio Monreal Neto, Francisco Faid (foto abaixo), explicou que ele foi levado ao CCC após audiência de custódia realizada nessa terça-feira (19). Naquela ocasião, o pedido de mudança para o regime domiciliar não foi apreciado pela juíza Renata do Carmo Evaristo Parreira, da 9ª Vara Criminal da Capital, já que essa decisão está a cargo do desembargador Marcos Machado.
Faiad alega que o CCC não tem estrutura para que o preso fique isolado, sem contato com os demais detentos, como determinou o desembargador Luiz Ferreira da Silva na decisão que levou Antônio para a prisão.
Por esse motivo, Faiad já encaminhou o pedido de mudança de regime ao gabinete do desembargador Marcos Machado e está aguardando apreciação do magistrado.
Prisão
Antônio foi o único suspeito que teve o mandado de prisão temporária expedido pela Justiça e cumprido nessa terça-feira (19), durante a operação Capistrum deflagrada pelo Ministério Público Estadual (MPE).
Os demais suspeitos de improbidade administrativa na Secretaria Municipal de Saúde (SMS) foram apenas afastados da função pública, como o prefeito Emanuel Pinheiro, e tiveram os bens sequestrados.
As investigações correm em segredo de justiça. Sabe-se, no entanto, em agosto deste ano, Antônio figurou em um caso polêmico na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Medicamentos, instalada na Câmara de Cuiabá.
Na ocasião, ele foi apontado como responsável por mudar o modelo de licitação para a contratação da empresa que administrava a central de distribuição de medicamentos do Município.