Eleições 2018

Chefe da Casa Civil diz que Taques recebeu um Estado “eticamente quebrado”

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Chefe da Casa Civil diz que Taques recebeu um Estado “eticamente quebrado”
(Foto:Ednilson Aguiar/ O Livre)

O secretário-chefe da Casa Civil, Ciro Rodolpho Gonçalves, afirmou que o governador Pedro Taques (PSDB) recebeu o Estado de Mato Grosso “eticamente quebrado” quando tomou posse, em janeiro de 2015. Seu antecessor, Silval Barbosa (ex-MDB), depois de concluir o mandato passou quase dois anos preso e se tornou delator de esquemas de corrupção ocorridos na gestão dele.

“É preciso entender que nós recebemos um Estado quebrado eticamente, com relação à integridade e à moral. Isso ninguém nega. É incontestável”, afirmou o secretário, em entrevista coletiva nesta terça-feira (9), depois de participar da reunião do secretariado que avaliou o resultado das eleições e definiu as prioridades para o fim do governo.

Ciro rebateu ainda declarações do futuro governador, Mauro Mendes (DEM), e do seu vice, Otaviano Pivetta (PDT), que afirmaram que o Estado está quebrado financeiramente. “Com relação à questão fiscal e financeira, o Estado estará em condição melhor do que em 2014. Já está melhor do que 2014. Os quatro secretários de Fazenda que passaram pelo governo que garantiram o salário em dia. A emenda 81 (Teto de Gastos) é que vai garantir o equilíbrio fiscal de Mato Grosso”, afirmou.

Derrota nas eleições

O secretário comentou também o resultado das eleições, que acabou com o governador na terceira colocação, atrás do vencedor e de Wellington Fagundes (PR). “Estamos muito felizes de termos trabalhado muito e feito entregas dentro do Estado. Não são os secretários e servidores envolvidos que se auto avaliam, e o valor da democracia é esse”, disse.

Ciro afirmou ainda que Taques tinha menos recursos do que os adversários na campanha eleitoral. “O governador não tinha condições financeiras de fazer enfrentamentos à altura de outros blocos. Mas isso foi a lei que permitiu. Saímos de cabeça erguida, de que não fizemos nenhum compromisso escuso. Não estou dizendo que a outra parte fez, mas a série histórica da política nacional tem essa marca”, disse.

Período de Transição

Ciro coordena a equipe de transição do atual governo, composta também pelos secretários de Planejamento, Guilherme Müller, Fazenda, Rogério Gallo, e Gestão, Ruy Castrillon, pela procuradora-geral, Gabriela Novis Neves, e pelo controlador-geral, José Celso Dorileo. Ele informou que seguirá as regras para o período de transição definidas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) em 2016.

O secretário disse que, entre as prioridades do fim do governo, estão concluir as obras das saídas de Cuiabá, como a trincheira da Guia e duplicação da rodovia para Chapada dos Guimarães, e o novo Pronto Socorro de Cuiabá.

Além disso, o governo ainda tenta obter autorização do TCE para pagar a parcela que ainda falta da Revisão Geral Anual (RGA) 2018, prevista para dezembro. “Estamos argumentando no processo que precisamos cumprir o que está em lei. Se há algo a ser questionado é a lei, não o pagamento agora”, disse.

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