Na denúncia oferecida à Justiça Federal no dia 8 de setembro, em que acusa 12 ex-deputados estaduais de recebimento de propina, o Ministério Público Federal (MPF) sustenta que dois ex-secretários de Estado foram fundamentais para o desenvolvimento e manutenção do esquema.
Trata-se de Valdísio Viriato (adjunto de Infraestrutura) e Maurício Guimarães (Copa do Mundo).
Cabia ao primeiro, por ordens diretas do então governador Silval Barbosa, recolher dinheiro junto às construtoras para que fosse obtido o montante exigido pelos deputados, o que correspondia a R$ 50 mil a cada um dos 12 deputados.
Com relação às empresas que mantinham contratos para a execução de obras da Copa do Mundo, cabia a Guimarães a responsabilidade de levantar o dinheiro e repassá-lo diretamente a Silval Barbosa.
Apesar das evidências contra os ex-secretários, ambos não foram denunciados, pois os fatos já foram investigados e denunciados em outras duas operações policiais: Sodoma e Descarillho.