A Controladoria Geral do Estado (CGE) auditou o sistema Fiplan e encontrou irregularidades na gestão das finanças de Mato Grosso. O pagamento de diárias a servidores depois do retorno da viagem foi um dos problemas detectados na gestão financeira.
Também foram encontradas diárias sem prestação de contas e sem o devido ressarcimento ao erário, além de despesas inscritas em restos a pagar sem disponibilidade financeira e adiantamentos para pagar despesas que poderiam ser submetidas ao processo normal de execução da despesa.
Na gestão contábil, a CGE identificou diferenças de relatórios e demonstrativos do Sistema Fiplan, registro de depreciações fora do tempo devido, falta de contabilização das garantias contratuais, contabilização intempestiva dos bens em comodato e cessão de uso, entre outras.
Entre as causas apontadas pelo órgão, estão servidores sem capacitação formal, insuficiência na supervisão e monitoramento, número insuficiente de servidores, falta de manuais técnicos ou instruções desatualizadas, além de deficiências nos fluxos processuais.
“O que se pretende é que o resultado do trabalho guie o órgão central de gestão financeira e contábil para adotar medidas efetivas para promover melhorias nos processos, infraestrutura física e tecnológica, sistemas informatizados e adequação do quadro de pessoal envolvido nas atividades avaliadas na auditoria”, disse o secretário-adjunto de Controle Preventivo da CGE, José Alves Pereira Filho.
A CGE propôs recomendações de melhoria à Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), órgão responsável por coordenar as atividades de gestão financeira e contábil junto às unidades orçamentárias.
Foram analisadas informações de 16 órgãos na auditoria: SES, Sesp, Unemat, MT Saúde, Secid, Sinfra, Detran, MTI, CGE, PGE, Seduc, Sefaz, Sejudh, Sema, Empaer e Ager, além da gestão financeira e contábil executada pela Sefaz.
(Com informações da assessoria)
