O cerrado brasileiro perdeu 102.603 km² de sua composição nativa em 18 anos, principalmente para a expansão das áreas de pastagem. A área corresponde a mais de 30 vezes o tamanho de Cuiabá.
Os dados estão no levantamento divulgado nesta quinta-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre 2010 e 2018, as áreas de vegetação campestre e florestal deram lugar, progressivamente, a pastagem com manejo e área agrícola.
Essa área do cerrado abrange oito Estados brasileiros, com predominância em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Tocantins, onde a pastagem é a segunda classe mais frequente do uso de terra.
De 2000 a 2018, houve alta de 52,92% para as áreas agrícolas e de 104,32% para as áreas de silvicultura no Cerrado.
“Essa região tem sua dinâmica influenciada pela alta capacidade de investimento dos atores envolvidos, bem como pela aptidão agrícola do solo, sobretudo nas chapadas e planaltos sustentados por derrames basálticos, onde os solos são potencialmente favoráveis a usos diversos, inclusive por meio de tecnologias agrícolas”, diz o estudo.
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O IBGE aponta que o volume do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, no período de 2002 a 2017, cresceu em torno de 2,4% ao ano. Muito em função da atividade agropecuária, principalmente no Bioma Cerrado em Mato Grosso e na expansão para a região do Matopiba, adicionando parte do Estado do Piauí, oeste da Bahia e sul do Maranhão.