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Cerrado de MT: desmatamento recuou 6%, mas não há motivos para comemorar

Do total da área devastada, 88% não tinha autorização legal para isso. Confira o ranking dos municípios “campeões”

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Cerrado de MT: desmatamento recuou 6%, mas não há motivos para comemorar
(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O desmatamento em áreas do Cerrado mato-grossense registrou uma queda de 6% entre julho de 2018 e agosto de 2019. Mas o número não é motivo de comemoração.

Dos 12 Estados pelos quais esse bioma se espalha no país, Mato Grosso ainda é o terceiro que mais devasta esse tipo de vegetação. Perde somente para o Maranhão e o Tocantins.

E do total de árvores que se corta no Cerrado mato-grossense, 88% foi feito de maneira ilegal.

Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e constam no relatório “Características do desmatamento no Cerrado mato-grossense em 2019″, lançado nesta quinta-feira (6) pelo Instituto Centro de Vida (ICV).

O estudo aponta que o “ritmo de destruição do Cerrado continua alarmante”, principalmente porque pouco do que é desmatado – só 12% – foi feito com autorização de algum órgão ambiental.

No total, 88 municípios constam no levantamento. Cocalinho (distante 850 km de Cuiabá), uma cidade com aproximadamente 5,7 mil habitantes, está no topo da lista.

Um dado específico do relatório explica: 64% dos desmates ilegais se concentraram em grandes propriedades, com mais de 1,5 mil hectares.

Aliás, mais da metade (61%) do desmatamento ilegal do Cerrado mato-grossense se concentrou em 883 imóveis. Juntos, eles representam só 3% da quantidade de propriedades rurais que existem dentro do bioma no Estado.

Em Cocalinho, foram 82 km² de área degradadas sem autorização legal.

(Com Assessoria)

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