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Católicos podem lucrar indulgência plenária aos fiéis defuntos durante todo o mês de novembro de 2021

Não são apenas as pessoas vivas que precisam de caridade

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Católicos podem lucrar indulgência plenária aos fiéis defuntos durante todo o mês de novembro de 2021
(Imagem: Diocese de Santo André)

Você é católico e perdeu o prazo para lucrar indulgência plenária aos fiéis defuntos devido ao Dia de Finados? Não se preocupe. Assim como aconteceu no ano passado, o período foi estendido ao restante do mês de novembro também em 2021. O motivo é o mesmo: a pandemia da covid-19.

Além de ser um momento penoso para as almas dos fiéis, com o medo batendo à porta toda vez que se tem notícias de um parente, amigo ou até de um desconhecido contaminado pela doença, as medidas de restrições também influenciaram na decisão do Vaticano.

A prorrogação do prazo para se lucrar as indulgências plenárias foi estabelecida por um Decreto da Penitenciária* Apostólica no dia 28 de outubro. O texto informa que a decisão foi tomada após pedidos de vários “Pastores Sagrados da Igreja, devido à permanência da pandemia”.

Em tempos normais, o período de concessão de indulgência plenária aos fiéis defuntos começa no dia 1 e vai até o dia 8 de novembro.

A indulgência plenária

De acordo com o Catecismo da Igreja Católica (CIC), a indulgência é a remissão das penas temporais deixadas pelos pecados cuja culpa já foi apagada em Confissão. Essas penas são quitadas no Purgatório, estágio anterior ao Céu, caso a pessoa morra com alguma “dívida”. Porém, com as indulgências, esses “débitos” podem começar a ser redimidos aqui na Terra, até mesmo totalmente – levando a alma direto para o Céu.

A Igreja Católica tem plena autoridade de conceder as indulgências plenárias, visto que o próprio Jesus Cristo deu ao primeiro Papa, o Apóstolo Pedro, as “Chaves do Reino”. Isso significa que as decisões tomadas, em relação aos tesouros de Cristo, por São Pedro e seus sucessores na Terra seriam aceitas no Céu.

Como obter indulgência plenária aos fiéis defuntos

A indulgência plenária concedida em novembro é destinada às almas que padecem no Purgatório. É possível obter apenas uma indulgência plenária por dia – ou seja, retirar uma alma por dia daqueles sofrimentos.

As condições para se obter indulgência plenária aos fiéis defuntos são:

  • confessar-se em qualquer dia desse período, sendo que uma confissão basta para todos os dias – se cometer pecado mortal nesse ínterim, é necessário se confessar novamente;
  • receber o Sacramento da Comunhão, uma para cada indulgência;
  • rezar nas intenções do Santo Padre, o Papa, uma Ave-Maria e um Pai-Nosso – fazer isso a cada indulgência; e
  • visitar qualquer cemitério e, lá, rezar pelas almas do Purgatório – uma vez a cada indulgência.

Como isso se daria na prática? O católico se confessa, recebe a comunhão, reza pelo Papa e visita o cemitério num dia. Recebeu, então, uma indulgência plenária. No outro dia, recebe a Comunhão, reza pelo Papa e visita o cemitério. Outra indulgência plenária. E assim sucessivamente.

Por que lucrar indulgência plenária pelas almas do Purgatório?

Os católicos devem fazer obras de caridade regularmente, como manda o próprio Jesus Cristo e Sua Santa Igreja. Alimentar e vestir os pobres e os doentes, ouvir e aconselhar uma pessoa em dificuldades ou tratar bem os familiares são exemplos dessas benfeitorias. Porém, não são apenas pessoas vivas que precisam de caridade.

As almas que padecem no Purgatório já estão salvas, mas sua purificação, as quais são suportadas com amor, são dolorosas. É possível que uma alma passe apenas alguns minutos lá, mas também pode passar séculos. Faça um exercício de se imaginar nessa situação.

Sendo assim, é uma imensa obra de caridade conceder a libertação de ao menos uma alma dos sofrimentos piedosos do Purgatório. Além disso, aquela alma será eternamente grata à pessoa que a levou a conhecer mais rápido as Glórias de Deus e poderá interceder a Ele por quem a livrou de suas penas.

 

*O termo “Penitenciária” se refere a penitência, algo praticado piedosamente pelos católicos. Não tem sentido de “prisão”.

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