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Casos de febre Chikungunya aumentam 681% em Mato Grosso

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Casos de febre Chikungunya aumentam 681% em Mato Grosso
Foto: Prefeitura de Várzea Grande

O número de casos confirmados de febre Chikungunya e a taxa de incidência da doença em Mato Grosso supera todos os outros estados do país, é o que mostra o boletim epidemiológico publicado pelo Ministério da Saúde, no último dia 19 de abril.

Entre o último dia de dezembro do ano passado e o dia 17 de março deste ano, Mato Grosso teve 7943 casos prováveis da doença, com incidência de 237,5 para cada 100 mil habitantes. Em 2017, foram 1017 casos, o que resulta em um aumento de 681% de um ano para outro.

Foi exatamente no período analisado pelo boletim que a estudante Bruna Oliveira, de 27 anos, contraiu a doença. A jovem teve de enfrentar uma fila imensa na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Ipase, em Várzea Grande, quando esperou por mais de cinco horas para ser atendida.

“O médico me passou bolsa de soro com medicação, como se fosse um coquetel, eu tomei por uma hora e meia e ainda fiquei de repouso lá mesmo. Mas demorei dois dias para sair da cama, hoje ainda dói um pouco”, afirma a estudante.


A cidade onde Bruna mora é a que acumula o maior número de casos. Ao todo, 6919 casos foram registrados até meados de março, com uma incidência de 2525,1 casos por 100 mil habitantes. Apesar do Ministério da Saúde fazer uma subdivisão por número de habitantes, Várzea Grande supera até mesmo cidades com mais de 1 milhão de moradores.

Pela divisão por habitantes, as cidades de Mato Grosso lideram na maioria dos quadros. Cuiabá tem 666 casos acumulados e uma taxa de incidência de 112,9 casos para cada 100 mil habitantes. Poconé e Nossa Senhora do Livramento, acumulam juntas 212 ocorrências com uma taxa de incidência que soma mais de 1 mil casos por 100 mil habitantes.

O crescimento de casos na baixada cuiabana pode ter afetado diretamente os postos de saúde das duas maiores cidades da região. Com isto, Cuiabá e Várzea Grande acabaram recebendo mais paciente do que o comum. As filas naturalmente ocasionaram a superlotação.

“Eu sei que fiquei o dia inteiro lá”, relembra Bruna. “Não só para ser atendida, mas também para tomar medicação e ficar de repouso. Só três dias depois que eu consegui me levantar e fazer tudo normalmente”, finaliza ela.

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