O caso Isadora Praeiro Pedroso Ardevino ganhou mais um capítulo. Desta vez, a audiência que estava designada para acontecer nesta segunda-feira (8), não foi realizada e agora a família materna da menina espera uma nova data o quanto antes.
A defesa de Marina Pedroso questiona ainda sobre o cumprimento do prazo estipulado para a devolução da menina. No entendimento dos representantes, as 48 horas venceram na manhã de hoje.
Isadora está com os familiares paternos desde o dia 13 de julho. Primeiramente, a menina viajou para o interior de São Paulo para ficar com o pai, o advogado João Vitor Almeida Praeiro Alves. A estadia se estendeu até o dia dos Pais.
Foram expedidos dois mandados de busca e apreensão para que a menina fosse devolvida à mãe, em Cuiabá. Agora, a Justiça determinou a guarda unilateral para a enfermeira. Mas a decisão ainda não foi cumprida.
Nova frustração
Faltava meia hora para as 13h quando Marina chegou ao Juizado da Infância e Adolescência. Ainda muito abatida depois de não conseguir reaver a filha na noite desse domingo, a enfermeira tinha a expectativa de encontrar Isadora. E quem sabe, voltar com a menina para casa.
Porém, após quase uma hora de espera, houve a informação de que a audiência não seria mais realizada.
De acordo com as informações repassadas à defesa de Marina, representada pela advogada Ana Lúcia Ricarte, a agenda da juíza Gleide Bispo já estava completa nesta segunda-feira e não foi possível incluir a audiência do caso Isadora.
“Agora já são 113 dias sem a minha filha, eu não consigo dizer mais nada“, disse Marina bastante emocionada. A enfermeira estava ainda mais emotiva porque o filho caçula também ficou bastante chateado e saiu chorando, após não encontrar a irmã mais velha.
Em menos de 24 horas, foram duas expectativas de reencontro frustradas.
Os familiares paternos não apareceram no juizado nessa tarde.
Prazo finalizado
Na oportunidade, a defesa de Marina pediu à juíza Gleide que despache quanto aos apontamentos que constam nos autos.
Dentre eles está a finalização do prazo de devolução da menina à mãe. A advogada explicou que o advogado que representa Air Praeiro, tomou ciência da decisão, na modalidade eletrônica, às 8h30 da manhã de sábado (6).
Portanto, o prazo de 48 horas para o avô paterno devolver a menina teria se expirado na manhã de hoje, no entendimento da defesa da mãe.
Outra questão é a realização de uma nova audiência para que a menina possa ser ouvida.
Até o fechamento desta matéria, a juíza ainda não havia expedido nenhuma nova decisão.
Silêncio mantido
Fabiano Rabaneda, advogado de Air, reforçou que o processo corre em segredo de Justiça e nada pode ser comentado.
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