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“Caso Caramuru” é citado e gera confusão em CPI

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“Caso Caramuru” é citado e gera confusão em CPI

Ednilson Aguiar/O Livre

Alan Zanatta CPI do Paletó

Alan Zanatta: “Caso Caramuru” gerou controvérsias na CPI

O processo de concessão de incentivos fiscais à Caramuru Alimentos durante a Gestão Silval Barbosa foi citado e gerou confusão na CPI do Paletó, durante o depoimento do ex-secretário de Indústria e Comércio, Alan Zanatta (MDB).

O “Caso Caramuru” foi denunciado nas eleições de 2016 pelo então candidato derrotado à prefeitura de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), segundo quem a Caramuru Alimentos repassou R$ 1,79 milhão a empresas ligadas a parentes de Emanuel Pinheiro em troca de obter benefícios fiscais supostamente irregulares durante o Governo Silval. Zanatta era o secretário responsável por homologar os benefícios, à época. O caso é investigado pelo Núcleo de Ações de Competências Originárias (Naco), do Ministério Público Estadual.

O presidente da CPI, vereador Marcelo Bussiki perguntou a Zanatta se ele tinha conhecimento do caso, o que provocou reações. O advogado do prefeito, André Stumpf, tentou falar, mas teve o microfone cortado.

O presidente da Câmara, Justino Malheiros, afirmou que o caso não tem a ver com o objeto da CPI.

O líder e primo do prefeito, Lilo Pinheiro, disse que Bussiki não está sendo imparcial na condução da CPI.

Segundo Bussiki, a pergunta está relacionada com a investigação sobre obstrução de Justiça e evidenciaria o tipo de relação entre Alan e Emanuel.

“O senhor foi denunciado por conceder incentivos fiscais irregulares [que beneficiou] a família do prefeito. O senhor tem conhecimento disso?”, perguntou Bussiki.

“Esse assunto veio à tona em período eleitoral. E o secretário não tem autonomia para conceder incentivos. É o conselho que faz isso”, disse Zanatta, acrescentando que o vereador pode requerer gravações das reuniões do Cedem à secretaria.

Bussiki perguntou também sobre a atuação de Emanuel Pinheiro enquanto deputado estadual. “O que é um deputado parceiro?”, pergunta o vereador. “É um deputado da base do governo”, respondeu Zanatta.

“O deputado parceiro não fiscaliza as obras da Copa?”, provocou Bussiki. Zanatta disse que sua pasta não tinha nada a ver com as obras da Copa.

Bussiki questionou Zanatta sobre porque ele exalta Emanuel durante a conversa com Silvio e insiste em falar sobre Emanuel mais que sobre os outros delatados. O ex-secretário nega e diz que falou de vários deputados e também do ex- governador Silval Barbosa, a quem se referiu como “Barbosão”, no diálogo.

Proximidade
Zanatta disse que, além do dia em que entregou o áudio, foi à casa de Emanuel “em outras oportunidades” e confirmou ser amigo do prefeito. Quanto a Popó [irmão de Emanuel], ele disse que apenas conhece.

Zanatta admitiu também ter ido à festa de confraternização da prefeitura no fim do ano, mas disse que foi o senador Wellington Fagundes (PR) quem o convidou.

Ele disse que não tem qualquer relação comercial com a família de Emanuel ou qualquer contrato com a prefeitura de Cuiabá.

O vereador Marcelo Bussiki questionou Zanatta sobre sua indicação para a Sicme. “Várias reportagens da época dizem que o senhor foi indicado pelo Emanuel Pinheiro e Wellington Fagundes. Essas matérias são inverídicas?”

Zanatta disse que foi indicado pelo próprio partido, o PMDB, e que à época Emanuel e Wellington estavam no PR.

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