A Câmara de Vereadores de Cuiabá está em clima de guerra. Na sessão da manhã desta quinta-feira (22), os parlamentares discutiram abertamente – e se defenderam de – acusações de nepotismo cruzado e também possíveis acordos escusos na gestão do ex-vereador João Emanuel Moreira Lima.

Adevair Cabral (PSDB), relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), falou sobre o fato de seu filho, Matheus Cabral, ter sido renomeado na prefeitura de Cuiabá neste ano. O vereador tem se posicionado a favor do prefeito. Adevair afirmou que seu filho trabalha há quase oito anos na prefeitura e que o emprego de seu filho não guarda qualquer relação com a chamada CPI do Paletó.

“Se tem alguma armação de algum vereador aqui dentro desta Casa, ou da imprensa, que mexa comigo. Mão mexa com meus filhos, não. Não mexa com a minha família. Eu tenho RG, CPF, de mim vocês podem falar. Mas fala a verdade, não fala mentira”, disse. “Se for proibido [empregar seu filho na prefeitura], não pode, cadê a lei? A lei existe?”, questionou.

O clima fez com que até mesmo fatos da história – vexatória – recente da Casa fossem trazidos de volta à vida. A possibilidade de que o ex-presidente da Assembleia Legislativa José Geraldo Riva fosse à Câmara prestar depoimento na CPI do Paletó teria assustado alguns parlamentares. O temor seria de que fatos relacionados à eleição e à cassação de João Emanuel, enteado de Riva à época, fossem expostos.

“Eu era relator e o vereador Toninho de Souza era o presidente da Comissão. Nós fomos ameaçados. O presidente da Assembleia [José Riva] participou da reunião quando tentaram para ‘nós’ para não cassar o João Emanuel. Mas nós cassamos. Então, medo? Eu não tenho não”, disse o vereador Ricardo Saad (PSDB).

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