O candidato ao Governo do Estado pelo Psol, Moises Franz, disse neste domingo (05), após a convenção partidária realizada na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), que “o próximo governante vai pegar uma herança maldita”. Moises se refere aos restos a pagar que o atual governador e candidato à reeleição, Pedro Taques (PSDB), deve deixar.
De acordo com o candidato do Psol, o valor aproximado de restos a pagar é de R$ 3,5 bilhões. Para Moises, a atual gestão não foi transparente quanto à aplicação dos recursos.
“Nossa primeira ação [caso a gente chegue ao Governo] é rever todo o orçamento e remanejar os recursos para que sejam aplicados em áreas essenciais”, detalhou.
Na avaliação do postulante, a economia do Estado está desequilibrada. Segundo ele, a razão, além da falta de recursos, seria a má-administração por parte do governador Pedro Taques.
Recentemente, o secretário estadual de Planejamento, Guilherme Müller, admitiu que a atual gestão deve deixar de restos a pagar R$ 1,7 bilhão, sendo R$ 700 millhões apenas para o pagamento dos salários dos servidores públicos referente a dezembro deste ano.
“Os salários de novembro vão ser pagos em dezembro e os de dezembro vão ser pagos em janeiro, com os recursos arrecadados em janeiro. Não há outra saída”, revelou Müller.
Moises que é servidor público estadual, não assumiu compromisso quanto ao pagamento da folha salarial dentro do próprio mês, como ocorria em governos anteriores. “Para isso é preciso o equilíbrio fiscal”, limitou-se a dizer.
Conveção do Psol
Os candidatos à majoritária (Governo do Estado e Senado) e para proporcional (deputados estuais e federais) do Psol foram definidos neste domingo (05). O mais cotado como postulante ao Governo era o procurador Mauro, mas ele se lançou para o cargo de senador.
O vice-candidato ao governo é o enfermeiro Vanderley Guia, que já disputou como vereador por Cuiabá e a deputado federal. Também concorre ao Senado pelo Psol o servidor público estadual Gilberto Lopes Filho.
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