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Caldo, cuiabania e cerveja gelada: conheça 5 botecos de raiz na capital

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Caldo, cuiabania e cerveja gelada: conheça 5 botecos de raiz na capital
*Com colaboração de Luzo Reis e Alexandro Uguccioni Romao

Conhecida pela vida noturna que se destaca entre outros aspectos culturais, Cuiabá é uma das poucas cidades onde a clientela é quem fecha os estabelecimentos. Exceto os bares em regiões residenciais, nenhum tem horário para encerrar. Em meio a um cenário boêmio em pleno desenvolvimento e expansão, há aqueles redutos que conservam a simplicidade do ambiente e dos serviços, na contramão das novidades.

Estes lugares chamados “boteco”, ou butiquim, e com características peculiares conquistam a diversidade de públicos e acabam por reunir diferentes “tribos”, gerações e classes sociais. A maioria tem aquela famosa “comidinha de boteco” e, como todo espaço cultural tradicional, ambienta histórias, carrega sonhos e personagens curiosos que compõem a trajetória da cidade.

E como o clima de Cuiabá não dispensa uma gelada, seja nos fins de semana, ou após o expediente suado, listamos cinco botecos “de raiz” na capital. Confira:

Foto: Luzo Reis

Música ao vivo, caldinho a R$ 1 e o sonho de um novo Choppão

“Tem 15 anos que eu passo aqui na frente e falo que meu boteco vai ser nesta esquina”, conta Sara. Legítima empresária, ganha na quantidade e arrisca por sonho, mesmo tendo começado na cozinha por necessidade. A esquina do Rancho Quebra Torto, famoso pelo caldinho a R$ 1, está localizada na beira do viaduto da Fernando Corrêa, já na altura do Coxipó.

Aos 38 anos, Sara Navarro de Souza gerencia sozinha o local, com auxílio das funcionárias, enquanto o esposo cuida do hotel com mesmo nome, na Avenida General Melo. De segunda a segunda, das 19h às 7h. Cama? Só se estiver doente, ela conta. Do jeito que deita acorda e nem sonha mais. Só acordada.

“Meu ideal é um dia me tornar um ponto turístico, conhecido, regional, de comida típica, que não seja esse alvoroço todo. Realmente, é muito bom esse movimento, mas não é ainda o que quero”, conta.

Sara sonha com um estabelecimento que funcione 24 horas, de café da manhã até a ceia da madrugada, com o lema comer toda hora – e comer comida barata. Sua meta é estar nos guias de turismo da cidade e tem como referência o tradicional Choppão e Sinuelo.

E tem propósito. O carro-chefe do Rancho Quebra Torto é o caldinho no copo a R$1. Caldo de feijão e escaldado de frango, com opção na cumbuca, por R$ 8, e rodízio, por R$ 10. O segredo do sucesso já tem longa data, assim como a Galinha com Arroz, que é servida em panelada à pronta entrega, por R$80, e em prato, por R$ 10. “Para quatro pessoas, come quatro pratos que você vai comer bem, se quiser mais pede mais um que vai compensar”, aconselha.

Nos melhores tempos, ela conta que já chegou a vender 100 rodízios e duas ou três panelas de galinhada até as 6h da manhã, só com os pratos.

A fórmula do cardápio ela não pensa em variar, contrariando a lógica do lucro ao priorizar a sustentabilidade e honestidade do serviço. “Se eu tiver muita variedade, alguma coisa vai sobrar, e o que sobra você perde e tem que empurrar no outro dia para os clientes. Isso não é certo. Se acaba, eu faço novamente”, explica.

Sara saiu do Parque Cuiabá para o sonho da Fernando Correia após 6 anos naquela região. Antes, foi “Sara Lanches” e “Bar e Bola”, um point do karaokê, onde já tinha seu público e caldinho. “Peguei meu filho de quatro anos e vim embora, entrei no quartinho, coloquei um colchãozinho no chão e falei “é aqui que eu vou ficar”.

Começou do zero, sem dinheiro nem banheiro. “Na lógica de um contador ou de um consultor, você precisa de 30 mil para abrir um bar, eu abri sem um real. O dinheiro que eu paguei o aluguel era para pagar um boleto que eu fiquei devendo depois. Tem um negócio chamado ‘capital de giro’, eu nunca tive. Acreditei em mim e foi o suficiente”, afirma.

A novidade do estabelecimento que cultiva na avenida, há dois anos, é a música ao vivo até as 3h da madrugada. Para isso, ela conta com a presença Ruither Barros, cantor da casa com 30 anos de carreira em Cuiabá, além da canja do pequeno Isac. No Rancho Quebra Torno ele agrada todos os gostos e gerações, um legítimo cover no repertório e no timbre. No dia 1 de julho, a casa recebe a Banda Luxúria, seu primeiro show nacional.

De um público mais jovem e “danadinho” – os frequentadores da madrugada – até famílias e casais, quem foi aparecendo, mesmo contrariando seu sonho, Sara conta que recebe com um sorriso no rosto e um “boa noite, vai um caldinho?”.

O Rancho Quebra Torto está localizado na Avenida Fernando Corrêa da Costa, 5894, Novo Horizonte. Horário de funcionamento: seg à seg, a noite toda. Mais informações: (65) 99227-7267.

Foto: Luzo Reis

Reduto da cuiabania e botequim do Escabeche

O botequim localizado em praça pública, no Bairro Jardim Cuiabá, abriga a vivacidade de um ícone do radialismo mato-grossense. Dirceu Carlini, 84, voz responsável por eternizar na memória o programa “Cuiabá Zero Hora”, tem rotina religiosa no bar que administra com a família, famoso pelo histórico de boemia e o Escabeche Espanhol.

O aperitivo de sardinha com tomate e cebola, refogados no azeite, exige um preparo de pelo durante 4 horas no fogo – receita da avó de Dirceu. A porção, que sai a R$ 40,00, rende para três pessoas. Os bolinhos de bacalhau e carne seca com abóbora, que compõem o time de carros-chefe, custam R$ 26, 12 unidades. Já as cervejas 600 ml, Brahma, Skol e Itaipava, R$ 8,50.

Paulista, Dirceu chegou à Cuiabá em um Fusca 65 e foi vendedor de telefonia até entrar no jornalismo por amizade de bar. Na Rádio Cultura, se tornou responsável por entender a programação das rádios locais para a madrugada – na época, as emissoras encerravam às 18h por causa da televisão. No “Cuiabá Zero Hora”, ele atuou como locutor de meia-noite até as 2h da manhã.

Seu último trabalho foi na Rádio CBN, ao lado do companheiro inseparável do jornalismo, Edivaldo Ribeiro. Após sofrer de uma AVC em 2016 e ficar com sequela justamente na fala, se dedica ao bar que carrega seu nome e sua história. Seu grande orgulho é o banheiro limpo e reformado, e os telões que são instalados para os dias de futebol.

Enquanto ele se diverte com os amigos, como faz há mais 30 anos desde que chegou a capital, é a esposa, Isamar, e sua irmã, Cláudia Milesqui, quem nos contou que o Butiquim do Dirceu surgiu como um abrigo da cuiabania tradicional. Desde 2009, a família gerencia o local que já foi ponto de encontro de jornalistas, escritores, poetas, professores e criadores de canário belga, mantendo até hoje o clima de happy hour.

Foto: Luzo Reis

O Butiquim do Dirceu surgiu como sede de uma confraria de amigos que se reuniam semanalmente para cozinhar um prato eleito pelo próprio grupo. Chamaram de Botequim, “mas Botequim do quê?”, questionaram, como conta Isamar. Foi então que Dirceu se tornou o homenageado por votação e a iniciativa durou até o presidente da confraria, Milton de Oliveira, falecer aos 50 e poucos anos, há 5 anos atrás.

Atualmente, o bar recebe de juízes, políticos, casais, universitários e apesar da tradição, Isamar garante que ali ninguém tem rótulo. “Tratamos todos pelo nome, aqui ninguém tem sobrenome. Mulheres vêm para beber sem serem incomodadas, casais homoafetivos também”.

De alta à baixa sociedade, o Butiquim do Dirceu se mantem como um bar de amigos e recebe não só moradores da região, mas de Várzea Grande ao CPA, em busca da iguaria que só o Bar do Dirceu tem. À proposito, chegamos em um dia peculiar, um dos poucos em que Isamar vai ao botequim, exclusivamente para cozinhar o Escabeche.

O Butiquim do Dirceu está localizado na Rua das Violetas, 776, Jardim Cuiabá. Mais informações pelo (65)99282-2559.

Foto: Luzo Reis

Cajueiro, caos organizado e noites retrô

Não há decorador que crie um ambiente de boteco mais fiel ao imaginário boêmio de qualquer lugar do mundo. No Luciu’s do Caju, o símbolo comunista da bandeira cubana divide espaço com a representação da monarquia, na imagem da rainha Carlota Joaquina – ou seria Maria Antonieta?

São muitos os ambientes que compõem o universo estético complexo. Do banheiro à “sala de estar”, sofás, sinuca e videoquê. No aparelho, rola reprodução de um compilado de clipes, repertório fashback e claro, cantoria no karaokê. O som “ao vivo” fica por conta do próprio Lucius, que arrisca no teclado, instrumento posicionado em palco próprio, como um pedestal.

Em 20x de R$ 2 mil, a aquisição foi um empréstimo do amigo recém-falecido Mário de Andrade, um dos proprietários do tradicional Restaurante Choppão. Pegou aulas no estúdio Bebop e aprendeu algumas notas, mas nunca teve tempo para estudar o instrumento. O que não é problema para o aparelho com entrada USB e modo automático.

Sem dúvidas o boteco mais peculiar de Cuiabá, não é “bar do Lucius”, é o próprio Lucius, “do Caju”, referência à árvore da fruta que roubou a cena por muito tempo no ponto anterior. Por ser a verdadeira atração do local, não há como falar do ambiente do boteco no Centro sem resgatar o histórico de seu dono, trajetórias que se confundem.

Isso porque o Lucius do Caju é resultado da construção de uma personalidade marcante – e controvérsia – na cultura cuiabana. De reduto LGBT, seu bar já foi alvo de “beijaços” e boicote dos que acusam comportamento conservador do anfitrião.

Filho de pais alcoólatras, Lucius Ferreira construiu uma trajetória justamente na noite. “Adotado” pela conhecida jornalista cuiabana Martha Arruda, teve o sonho de uma festa de aniversário realizada aos 10 anos. Pela mentora, irmã de João Arruda, amigo do icônico Jejé de Oya, foi introduzido no universo boêmio dos colunistas sociais desde cedo. Desde muito cedo, também, começou a trabalhar.

O primeiro emprego foi na Torre de Pizza, ganhando ½ salário mínimo à época. Depois de manchetar um jornal local como o garçom mais jovem de Cuiabá, passou a trabalhar escondido para não ser descoberto pelo juizado de menores. “Trabalhei em várias casas noturnas na cidade, convivendo com gente da elite. Como garçom eu aprendi tudo sobre restaurantes, bebidas, ganhei muito dinheiro e comecei a querer trabalhar para mim”, conta.

Foi então que ele limpou e abriu o terreno da família na Estêvão de Mendonça, na época, em frente ao antigo Caminito, boate LGBT, em 1996. “Deixei só o pé de caju e abri um espetinho. Coloquei algumas mesas, cadeiras e um micro system que eu tinha na época”. Mas gastou tudo o que ganhava e, devendo o açougue, se escondia até no galinheiro da casa.

Depois da primeira tentativa, voltou a trabalhar em bares, restaurantes e casas noturnas. Juntou dinheiro novamente e recebeu até proposta para ser gerente de uma peixaria renomada na cidade, mas preferiu reabrir o Brasinha Espetos, que depois virou Lucius Espetos e por sugestão de uma cliente, finalmente se eternizou Lucius do Caju.

Por distribuição de herança, deixou o primeiro ponto e desceu a rua lateral, na Cândido Mariano, e se instalou em uma casa onde transformou um guarda-roupa em mictório. Com o preço salgado do aluguel e os problemas técnicos do local já muito antigo, subiu a rua um pouco mais e reabriu o bar em uma casa abandonada, alugada a um preço camarada para manter o local.

O Luciu’s do Caju abre de quarta à sábado, a partir das 19 horas. Nas quintas e nos sábados, é animado com teclado e Festa Brega, como acontece no próximo dia 9 de junho, com atrações e premiações para a melhor fantasia. As cervejas 600 ml, custam de 8 a 12 reais e o bar também oferece petiscos, nos valores que variam de 15 a 35 reais. O favorito do público é o frango à passarinho.

Frequentado por todo tido de público, Lucius conta que botou para dançar até o prefeito Emanuel Pinheiro, curiosamente, uma semana antes do dinheiro no paletó.

O Luciu’s do Caju está localizado na Rua Cândido Mariano, 1371, Centro. Horário de funcionamento: ter à sáb, a partir das 19 horas. Mais informações (65) 99281-5634.

Foto: Luzo Reis

O caldo de piranha e jukebox no Porto

Na Praça Maria Rici, esquina da Rua General Osório, próxima a Orla do Porto, Edgar reveza uma dezena de panelas em cinco bocas de fogo. O caldo que está ali não pode ir para a tigela nem frio, nem queimado, e a rotina se repete de quarta-feira a domingo, das 18h às 6h. “Aqui não é farmácia, mas a gente cura o povo”, se diverte.

A “prateleira de remédios” é diversificada para os boêmios na Lanchonete do Edgar – ou Bar do Edgar, dependendo do horário. Caldo de feijão, frango, Piranha, Pacu e Pintado, todos a R$ 10 e R$ 15 o meio litro, alimentam também famílias de todos os cantos da cidade e até fora dela. Segundo Edgar, saem por dia cerca de 15 paneladas.

“Gente vem de longe atrás disso aqui. A cerveja não é gelada não, é trincando”. E não tem só caldo, tem Sarapatel, Panelada, Buchada de Bode, Rabada e Vaca Atolada. Espetinho, porção de carne, peixe, lambari frito e até aperitivo de frios. “Aqui eu só não tenho dinheiro, fia”, brinca.

Edgar Ferreira do Nascimento é baiano, natural da cidade de Santa Maria da Vitória e chegou a Cuiabá em 1986, aos 15 anos, na garupa de um jumento com o pai e um de seus irmãos. Enquanto mexe as panelas sem parar um minuto, conta para reportagem que trouxe quase todos os parentes para cá, além da família que constituiu com a esposa Tatiane Pereira da Silva, natural de Maranhão.

É ela quem comanda cozinha do bar com a ajuda de mais três cozinheiras. Além do bar, são três filhos fruto da união, de 26, 25 e 17 anos. Eles se conheceram ali mesmo no Porto, quando estudavam juntos na escola militar.

Edgar acredita que Cuiabá seja o “melhor lugar do mundo”, com todas letras, e conta que daqui só sai para passear na cidade natal. A paixão se manifesta, inclusive, no cuidado pelo espaço que ocupa. Paga para limpar a praça, fazer a manutenção das luzes e cortar a grama. “Essa quadra quem cuida sou eu, não tem prefeitura não. E eles reconhecem, os fiscais são os primeiros a brigarem por causa de mim”.

Outro forte atrativo do Bar do Edgar é a máquina de Jukebox, que toca desde os novos sucessos até as clássicas canções que marcaram ritmos e gerações. Antes, Edgar conta rolava um pagodinho, mas virava muita bagunça. Já na maquina, o som fica por conta do cliente.

“Quando cheguei aqui, esse pedaço era muita boca de fumo, muita droga. Fui mexendo, mexendo e já tem mais de 10 anos que não sai uma confusão. Pode vir com seu pai, sua mãe, família aí, nem pedinte quando encosta eu aceito”.

O Bar do Edgar está localizado na Rua Gen. Osório, 300, Porto. Horário de funcionamento: qua a dom, a partir das 18h. Mais informações: (65) 99273-5306.

Foto: Luzo Reis

A cerveja mais gelada de Cuiabá 

Se a cerveja do seu boteco é a mais gelada da cidade, Jorge Luiz Conceição, 57, responde com modéstia. “Pessoal fala que é, mas não posso falar, porque eu sou suspeito, né?”. Mas é Arielle Conceição, 28, quem garante: “Eu sou filha do suspeito, mas eu falo, é sim. Do começo ao fim, se a cerveja não está gelada, ele nem abre o bar. Pode ser terça-feira, o dia com menos movimento, ou sexta-feira, com mais movimento”.

Com a fama, o boteco do Duque de Caxias reúne um público jovem e assíduo, de quarta a sexta-feira, das 17h às 00h, horário reduzido devido a região domiciliar. Para os clientes mais antigos, o bar é mais conhecido como Cabeça de Boi, nome que nunca foi registrado, mas batizou o lugar que nasceu para acompanhar os que apreciavam a iguaria na calçada ao lado, principalmente aos sábados.

Até se tornar bar na mão de Jorge, o local já foi mercearia, serviu espetinho e até galinha assada aos domingos. “A cerveja gelada eu falo que foi Deus que colocou no meu caminho”, afirma, como uma anunciação. Quando retomou as atividades do estabelecimento que já era do pai, desde 1988, o funcionário público se encantou com a potência de um freezer que comprou em 24 vezes e desde então, se dedica a arte de gelar a bebida.

Foto: Luzo Reis

“Eu fiz uma planilha e comecei a estudar, marcar mesmo, como eu tinha que regular para achar o ponto. A regulagem é diferente para cada clima”, explica. “Carrego o freezer quando eu fecho o bar, às 7h do outro dia eu volto aqui para regular, faço o que tenho que fazer e lá pelas 10h, olho de novo. No início da tarde, a mesma coisa. E se lá pelas 16h eu venho aqui e ela não está como eu quero eu simplesmente nem abro”, revela.

Segundo a filha de Jorge, são cerca de 100 caixas por semana. Tem cerveja 600 ml, e lata e long neck vez ou outra, para atender a demanda das sextas-feiras. As mais tradicionais, Brahma, Skol, Itaipava Pilsen, Devassa custam R$ 8,50, a Itapava Premium, R$ 10,00, e a mais pedida, depois da Brahma, a Heineken é R$ 12.

Desde o início, o estabelecimento é gerido pela família que é toda de Cuiabá e baixada, conta Arielle. “Todos nós somos parentes e se não for, está a muito tempo e cresceu junto com a gente. É primo, meu irmão, tia, só assim que a gente trabalha e sempre aparece parente oferecendo ajuda”.

Todos têm outros empregos em outros turnos e se dedicam ao bar por paixão. Jorge que está para se aposentar, sonha que os filhos continuem o negócio da família. Já a mãe, Inês Amélia, 54, trabalha em casa, ao lado, onde fica a cozinha do bar. “Ela é do lar e do bar, literalmente”, conta a filha. Na rua, mais duas residências são da família.

Além de porções, os carros-chefes da casa são os salgados que chegam a uma saída de 60 ou 70 por dia. Pastel e bolinho de carne, ambos a R$ 4, exceto o pastel “mix”, que sai R$7. “A gente não congela nada, é tudo feito no dia, até o frango a passarinho. Compro todo dia o que precisa. Para não falar que não congela nada, a gente congela as porções de lambari, isso não tem jeito”, conta Jorge.

Mantendo a produção artesanal, a família garante que não pensa em ampliar o bar, conservando o ambiente de boteco que tanto faz sucesso na região. “Não pensamos nem crescer, se a gente sai desse pedacinho aqui não é mais a mesma coisa”, explica Arielle.

“O negócio surgiu por necessidade, mas se eu falar para você que sou uma pessoa que só pensa em dinheiro eu vou estar mentindo, quero viver bem, dar conforto para a família. Mas a gente gosta mesmo de ver a satisfação desse povo aí ao achar cerveja gelada”, confessa Jorge.

O Bar do Jorge está localizado na Rua Gen. Teófilo Ribeiro de Arruda, 102, Duque de Caxias. Horário de funcionamento: seg à sáb, 17h às 00h. Mais informações: (65) 3637-8876.

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