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Cabo Gerson pede novo interrogatório e julgamento dos grampos é adiado

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Cabo Gerson pede novo interrogatório e julgamento dos grampos é adiado
(Foto:Ednilson Aguiar/ O Livre)

Prevista para ser realizado entre os dias 20 e 22 de março, a sessão de julgamento do esquema de grampos ilegais, que ficou nacionalmente conhecido como “grampolândia pantaneira”, foi adiada para o próximo mês de agosto. A decisão é do juiz Marcos Faleiros, da 11ª Vara Criminal Especializada de Justiça Militar, assinada na tarde desta quarta-feira (13).

A medida foi tomada após dois pedidos para novos interrogatórios. O primeiro foi feito na segunda-feira (11), pela defesa do ex-chefe da Casa Militar, o coronel Evandro Alexandre Ferraz Lesco. Já o segundo pedido foi protocolado pela defesa do cabo da PM, Gerson Luiz Ferreira Correa Junior, apontado como peça-chave do caso, acusado de ser o executor das escutas ilegais.

Ao analisar os pedidos, o juiz considerou “a possibilidade de, durante a realização de um novo interrogatório, serem trazidos elementos que possam trazer benefícios aos acusados”. Ele citou ainda a possibilidade de delação unilateral e possível concessão de perdão judicial aos envolvidos. Por isso, com base em parecer do Ministério Público do Estado (MPE), que não se opôs, ele aceitou as demandas.

Os novos interrogatórios foram marcados para os dias 16 e 17 de julho, às 13h30, nos quais os envolvidos deverão apresentar fatos que, segundo as defesas, ainda não foram elucidados.

Gerson, em seu depoimento prestado em julho do ano passado, chegou a responsabilizar o ex-governador Pedro Taques e seu primo Paulo Taques, que foi chefe da Casa Civil, pelo esquema ilegal. Já o coronel Evandro Lesco negou todas as acusações e disse não ter conhecimento sobre o caso.

Com os novos interrogatórios, a sessão de julgamento foi adiada. Ela está prevista para acontecer nos dias 14, 15 e 16 de agosto, também com início às 13h30.

Na ação, além de Lesco e Gerson, serão julgados os coronéis PM Zaqueu Barbosa (ex-comandante-geral da Polícia Militar), e Ronelson Jorge de Barros e o tenente-coronel Januário Antônio Edwiges Batista.

Confira o que disseram os envolvidos em seus depoimentos:

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