Em 60% das cidades brasileiras não houve novos registros de mortes por covid-19 ao longo desta semana. Os dados são da 20ª edição da pesquisa feita Confederação Nacional de Municípios (CNM).
O levantamento ocorreu nos dias 4 e 5 de agosto e ouviu gestores de 1.328 municípios.
A pesquisa aponta ainda que mais de 40% desses gestores locais afirmaram que o número de casos confirmados da doença diminuiu no mesmo período. Outros 30% relataram estabilidade.
A taxa de ocupação de leitos em Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) também apresentou cenário positivo nesta semana: 43,8% dos municípios estão com a taxa abaixo de 60% e 30,3% variam entre 60% e 80% de ocupação.
Campanha de vacinação
A pesquisa é feita semanalmente e também revela que metade dos municípios brasileiros já está vacinando pessoas com idade abaixo de 30 anos. Dentre essas cidades, 18% imunizam a faixa etária entre 18 e 24 anos.
Somente pouco menos de 20% das cidades brasileiras ainda está acima dessa faixa etária.
Cerca de ¼ dos municípios que participaram da pesquisa apontaram falta de vacinas nesta semana, especialmente para a primeira dose. Apenas 36 gestores relataram falta de imunizantes para aplicação da segunda dose.
Segunda dose
Nesta edição da pesquisa, a CNM perguntou se o município pretendia aplicar alguma sanção administrativa ou auto de infração sanitária a pessoas que faltassem à data agendada para tomar a segunda dose da vacina.
Cerca de metade (49,5%) dos gestores afirmou que ainda não tem isso definido; 33,4% responderam que não pretendem e 15,2% afirmaram que sim.
Orçamento pós-pandemia
A pesquisa também questionou os gestores públicos acerca do orçamento para combate à covid-19. Sobre os próximos quatro anos, a CNM perguntou se o município prevê orçamento para ações como vacinação e tratamento pós-covid.
Segundo 70% dos gestores, há essa previsão. Desses, a fonte orçamentária para essas ações serão: recursos federais (81,6%); estaduais (71,9%); e próprios (79,6%).
Serviços de reabilitação para pacientes com possíveis sequelas foram ou serão implementados por 77% dos municípios. A maioria desses atendimentos tem ocorrido em Unidades Básicas de Saúde (UBS): 64%.
Em seguida, estão os centros especializados em reabilitação (38%); serviços privados contratualizados (17%); hospital municipal (12%); hospital estadual (8%); ambulatório estadual (7%).
A CNM também investigou se o município possui centros comunitários de referência para enfrentamento à covid-19 financiados mensalmente pelo Ministério da Saúde. Cerca de 29% afirmaram que sim e 66% que não.
Sobre a manutenção desses centros para além de agosto de 2021 – prazo do custeio do Ministério da Saúde – 90% responderam que há ainda a necessidade de manter a estrutura.
(Com Assessoria)