O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado Eduardo Botelho (DEM), diz que, em razão da crise econômico-financeira, é grande a possibilidade de haver demissões de servidores comissionados do Legislativo Estadual – e que, para não afetar ainda mais os cofres do Estado, pode até mesmo abrir mão do valor do duodécimo atrasado durante a Gestão Pedro Taques.
O parlamentar destaca que o Legislativo está pronto para fazer alguns apertos e, com isso, atender ao pedido do governador eleito Mauro Mendes (DEM), que é o de não aumentar o repasse do duodécimo aos Poderes. Botelho ressalta que há a possibilidade de a Assembleia Legislativa congelar o aumento do próprio orçamento.
Outra contribuição seria abrir mão do valor pendente, cerca de R$ 100 milhões, que deveria ser pago pelo atual governador Pedro Taques (PSDB). “Da parte da Assembleia eu nem estou mais contando com isso, acho até que pode abrir mão disso. Não tem problema, a gente pode abrir mão disso e tocar daqui para frente. O que não pode é continuar atrasando”, disse Botelho, durante entrevista à rádio Capital FM, nesta terça-feira (11).
Sem o aumento do repasse constitucional, Botelho não descarta a demissão de servidores comissionados. “Mauro já reduziu cargos e nós também estamos estudando reduzir cargos comissionados dentro da Assembleia, vai ter cortes”.
O parlamentar, contudo, não falou em números, como fez Mauro Mendes. O próximo governador de Mato Grosso já anunciou que no Executivo Estadual haverá demissão de cerca de 30% dos servidores comissionados.
Alguns outros cortes no Legislativo, inclusive, já estão sendo estudados – como nos gastos com combustível e passagens áreas. Segundo o presidente da Assembleia, apenas deputados teriam direito a passagens aéreas, o que não inclui os servidores dos gabinetes.
