O presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (União Brasil), disse que foi criticado por ter recebido o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), com um relatório de supostas falhas administrativas do gabinete de intervenção. E respondeu que cumpriu uma função institucional.
“Eu nem abri o relatório porque não tenho conhecimento pra isso. Logo que recebi o relatório, passei imediatamente paras as comissões de Saúde e Constituição e Justiça (CCJ), para que eles possam tomar as providências. É preciso entender que sou o presidente da Assembleia e ele é o prefeito da capital”, disse Botelho em entrevista à rádio Cultura, hoje (11).
Botelho não disse de quem vieram as críticas. Emanuel Pinheiro entregou o relatório à Assembleia Legislativa na semana passada. O prefeito diz que a gestão do gabinete de intervenção causou furo financeiro de R$ 183 milhões.
A intervenção foi autorizada pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça em março passado e em junho foi estendida até o fim do ano. Um dos motivos pontuados no julgamento foi a incapacidade financeira da prefeitura para prestar serviços no SUS (Sistema Único de Saúde), como médicos de plantão e medicamento em estoque.
O gabinete de intervenção diz que esses problemas foram resolvidos no primeiro prazo da medida, mas restavam as negociações de dívida da prefeitura com prestadores de serviços e a redução da fila por consultas e cirurgias.
Os deputados estaduais deram aval político à ordem do Órgão Especial para a intervenção. Eles analisaram e aprovaram o plano de ação do governo e nomeação de Danielle Carmona como interventora, no primeiro semestre.