Senadores de Mato Grosso avaliam de lados opostos a repercursão no Congresso Nacional das declarações do presidente Jair Bolsonaro nas manifestações do feriado de 7 de Setembro, em Brasília e São Paulo. Porém, concordam que ainda não há condição de votar impeachment do presidente.
Carlos Fávaro (PSD) disse nesta quinta-feira (9) que Bolsonaro indicou que “avançará o sinal” sobre as posições do Poder Judiciário, mas a decisão ainda não foi tomada e o Senado deve observar o cenário.
“O primeiro momento é de cautela. Ele [Bolsonaro] está tentando avançar o sinal, o que é muito ruim para a nossa democracia. Se ele avançar o sinal fechado, assim nós vamos tomar uma posição muito clara. Enquanto ele não avançou, o melhor é tomar cautela”, afirmou.
Fávaro disse que o PSD montará um grupo de trabalho com os líderes do partido na Câmara Federal e no Senado para acompanhar o conflito entre Bolsonaro e os ministros Alexandre de Moraes e Luis Roberto Barroso.
Ontem (8), o senador Wellington Fagundes (PL) já havia se posicionado a favor a estratégia adotada por Bolsonaro. Ele avalia que órgãos de fiscalização e do Judiciário, como os Ministérios Públicos e o Supremo Tribunal Federal (STF), possuem poder “fora do normal”.
Fagundes disse ainda concordar com a decisão do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, de suspender as sessões em plenário e das comissões desta semana. O parlamentar disse que a intenção é colocar acalmar os ânimos após as declarações de Bolsonaro no Dia da Independência.