O presidente Jair Bolsonaro publicou em suas redes sociais a informação de transferência de R$ 15,4 bilhões para Mato Grosso, divididos em recursos para a Saúde e contenção dos danos econômicos na pandemia.
A mensagem foi publicada na tarde de domingo (28), no Facebook, em formato de lista, com dados sobre os pagamentos a todos os Estados. Conforme Bolsonaro, a quantia é o cálculo dos recursos diretos para saúde e outros serviços e também de recursos indiretos, como suspensão e renegociação de dívidas.
O post gerou reação imediata. Nesta segunda-feira (1º), 19 governadores – entre eles Mauro Mendes (DEM) – divulgaram uma carta conjunta em que contestam os números.
O documento assinado pelos governadores, entretanto, diz que a informação divulgada é distorcida e serve para “gerar interpretações equivocadas e atacar os governos locais”.
“Em meio a uma pandemia de proporção talvez inédita na história, agravada por uma contundente crise econômica e social, o Governo Federal parece priorizar a criação de confrontos, a construção de imagens maniqueístas e o enfraquecimento da cooperação federativa essencial aos interesses da população”, diz trecho do texto.
Os governadores afirmam que os recursos, efetivamente, recebidos por eles correspondem a uma quantia “absolutamente minoritária” do valor divulgada por Bolsonaro.
Mato Grosso
No caso Mato Grosso, os R$ 15,4 bilhões citados pelo presidente incluiriam R$ 5,4 bilhões em auxílio ao longo de 2020.
O LIVRE procurou a assessoria de imprensa do governador Mauro Mendes com um pedido do valor de transferência registrado pelo governo do Estado, mas não houve retorno até a publicação desta matéria.
Já o Palácio do Planalto disse que os números foram extraídos do Portal da Transparência, do Localiza SUS e do portal do Senado.
Além do governador Mauro Mendes, assinam a carta, por exemplo, João Doria (PSDB-SP), Cláudio Castro (PSC-RJ), Eduardo Leite (PSDB-RS), Rui Costa (PT-BA), Renan Filho (MDB-AL), Valdez Góes (PDT-AP), Camilo Santana (PT-CE), Renato Casagrande (PSB-ES), Ronaldo Caiado (DEM-GO), Flávio Dino (PCdoB-MA) e Helder Barbalho (MDB-PA).