O preço da pluma do algodão tem apresentado à bolsa de Nova Iorque o maior valor dos últimos anos. Contudo, as cotações acumularam no último mês uma queda de 1,6%, dado principalmente aos embates comerciais entre China e Estados Unidos.
O boletim do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) aponta que o recuo das cotações da fibra está ligado às tarifas impostas pelos governos dos Estados Unidos e China. Ainda alerta que as medidas tomadas por ambos podem causar grandes impactos às exportações norte-americanas.
Embora o cenário ainda esteja turvo, o que pode amenizar a situação é a “perspectiva de menor produção da safra dos EUA, impactada principalmente pela seca na região do Texas. Isso, aliado a uma demanda global fortalecida, traz ao mercado a expectativa de uma balança de oferta e demanda mais apertada”, descreve o boletim.
O relatório ainda ressalta que o produtor deve ficar atento a esses imbróglios, que tem “tumultuado” o mercado externo, visto que detêm influência da formação do preço da pluma produzida no estado.
Por outro lado
Embora haja a expectativa de um acirramento na demanda e oferta da pluma do algodão no mercado externo, o aumento do volume de pluma disponível no Brasil fez com que o preço sofresse queda. Em agosto o valor da fibra teve declínio de 0,74%, tendo sua cotação média em R$ 99,03 por arroba.