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Blairo Maggi não apagou mensagens de celular apreendido pela PF, segundo perícia

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Blairo Maggi não apagou mensagens de celular apreendido pela PF, segundo perícia
(Foto:Ednilson Aguiar/ O Livre)

A defesa do ministro da Agricultura Blairo Maggi (PP-MT) protocolou, nesta quinta-feira (13), no Supremo Tribunal Federal (STF), uma perícia complementar do Instituto Brasileiro de Peritos que, segundo assessoria, atesta tecnicamente que o ministro não apagou mensagens de seu celular.

Em nota enviada à imprensa nesta tarde, a assessoria de Maggi informou que o documento é assinado por quatro peritos e contesta a versão dada por um perito criminal da Polícia Federal, a qual confirmaria que mensagens foram deletadas dos celulares do ministro, após os aparelhos já terem sido apreendidos.

O novo laudo, encomendado pela defesa, mostra que Maggi não tinha instalado em seus dispositivos a ferramenta conhecida como “WhatsApp Web Desktop”, única forma de apagar mensagens remotamente. Ou seja, as mensagens foram apagadas depois da apreensão do aparelho, já em posse da Polícia Federal.

[featured_paragraph]Para o advogado Fábio Galindo, o fato é gravíssimo e merece imediata apuração. “O caso revela que estamos entre o erro de procedimentos ou a prova forjada. Acredito que a Procuradoria-Geral da República, sempre firme no cumprimento de seu dever, vai instaurar a competente investigação e apurar a autoria e circunstâncias desse gravíssimo fato. Um fato dessa natureza inegavelmente coloca em xeque a investigação, sendo fundamental que se esclareça rapidamente o ocorrido”. [/featured_paragraph]

Ainda segundo assessoria, desde o início das investigações, Maggi rechaçou veementemente a acusação, tendo disponibilizado seu aparelho e todas as senhas às autoridades competentes. “A perícia mostra o que sempre declarei. Agora espero que a Justiça tome as devidas providências, apure e responsabilize a quem for pela falsa acusação que me foi imputada”, disse o ministro.

O caso

Os aparelhos foram apreendidos pela Polícia Federal (PF) em setembro do ano passado durante a operação “Malebolge”, que dá continuidade a operação Ararath, iniciada em 2013 e que investiga desvio de dinheiro público e lavagem de dinheiro por meio de factorings clandestinas.

Segundo a delação premiada do ex-governador de Mato Grosso Silval Barbosa – homologada pelo ministro do STF Luiz Fux -, Blairo Maggi teria pagado R$ 3 milhões ao ex-secretário Eder de Moraes para que ele mudasse um depoimento dado ao Ministério Público Federal (MPF).

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