O ministro da Agricultura e senador licenciado Blairo Maggi (PP) analisou que o agronegócio mato-grossense perdeu ativistas no Congresso Nacional com o resultado das eleições deste ano. Porém, ele acredita que o setor ainda terá apoio na votação de projetos importantes.

“Quando dizem que o agro perdeu força, ele perdeu os líderes, ativistas, mas não perdeu apoio da sociedade, tenho certeza”, afirmou Maggi à imprensa, nesta semana. “O que quer dizer ‘pessoa do agro’? São militantes, pessoas que conhecem profundamente o setor”, definiu.

Entre os militantes do agro que saíram derrotados das urnas e ficaram sem mandato, estão os deputados federais Nilson Leitão (PSDB) e Adilton Sachetti (PSB), que concorreram ao Senado. Outros decidiram ficar de fora da disputa, como o próprio Maggi e seu suplente Cidinho dos Santos (PR), atualmente no cargo de senador.

Para o Senado, foram eleitos Selma Arruda (PSL) e Jayme Campos (DEM), enquanto Wellington Fagundes (PR) continua no mandato. Nenhum dos três tem forte ligação com o setor. Jayme Campos (DEM), que é pecuarista, já prometeu não segmentar sua atuação para favorecer o agro.

“Temos três senadores que não são diretamente do agro, não erguem bandeira, não são ativistas desse processo. Mas Wellington Fagundes vai deixar de votar alguma coisa em alguma esfera importante que diz respeito a esse setor tão importante da economia brasileira?”, questionou Maggi.

Por outro lado, Neri Geller (PP), que foi eleito deputado federal, passa a ser o único representante do setor na bancada federal mato-grossense. Ex-ministro da Agricultura e ex-secretário de política agrícola na gestão de Maggi, Geller tem histórico de defesa dos interesses do agronegócio e, na campanha, prometeu ajudar também os pequenos produtores.

Entre os estreantes, alguns já fizeram acenos ao setor, como Selma e seu correligionário Nelson Barbudo (PSL), que é produtor e se elegeu deputado federal. No entanto, ainda não demonstraram militância pelo agro.

Agro não elege ninguém sozinho

Maggi observou, ainda, que a parcela da população que atua no agronegócio é menor que outros setores da economia em Mato Grosso e, consequentemente, o de eleitores também. Por isso, não tem força suficiente para eleger um candidato a cargo majoritário sozinho.

“Falamos muito do agro, que é o motor da economia de Mato Grosso, mas a produção das fazendas do Estado é apenas 19 ou 20% da economia mato-grossense. O restante está em serviços, indústria e setores do governo. Tem 150 mil famílias envolvidas [no agronegócio], então não elege ninguém, e precisa contar com apoio da sociedade para isso”, analisou.

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